De acordo com Georg Simmel, sociólogo alemão, a modernização da sociedade -oriunda do processo de globalização- tem acarretado a intensificação da vida nervosa. Sob esse viés, na luta contra o tempo, os indivíduos passaram a ter como aliadas as tecnologias da informação. Contudo, nem sempre essa relação é benéfica, a exemplo do desenvolvimento de distúrbios mentais relacionados ao uso exacerbado de jogos online. Nesse sentido, convém discutir as principais causas e consequências desse entrave para a população brasileira. A pluralidade de experiências e o anonimato de interações induz o ser humano a aderir um comportamento alheio à coletividade, destinado ao trabalho. Esse comportamento reduz a participação da família na socialização e na vida escolar dos filhos, os quais- com dificuldade de manter relacionamentos sociais saudáveis e por sofrer, muitas vezes, bullying- recorrem à utilização exacerbada de jogos como ferramenta de alívio de pressão. A Organização Mundial da Saúde (OMS), no início de 2018, passou a considerar o vício em jogos como distúrbio mental. Tal fato contribui de forma significativa para o início do desenvolvimento de tratamentos específicos, os quais são extremamente necessários para evitar um diagnóstico precoce e errôneo, alavancado pela exacerbação de problemas advinda da modernidade. Portanto, com o intuito de reduzir os efeitos da intensificação da vida nervosa- bullying, depressão- e atenuar o desenvolvimento de vícios de jogo, a Família deve destinar uma maior parte do tempo à socialização dos filhos, ao participar da vida escolar e da vida tecnológica, ademais, com o auxílio da Escola e de especialistas da área de saúde, deve determinar um horário específico para o entretenimento das crianças, com o objetivo de podar os excessos e romper com ações nocivas ao indivíduo.