Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O vício em games como distúrbio mental e suas implicações

Redação enviada em 07/05/2018

O desenvolvimento do universo eletrônico e da informática transformou a sociedade contemporânea e trouxe consigo novas formas de entretenimento, entre elas os jogos eletrônicos. No entanto, a compulsão por jogos tornou-se uma realidade que preocupa todo o mundo sendo, inclusive, incluída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na Classificação Internacional de Doenças (CID) em 2018. Essa atitude da OMS reflete a necessidade de se repensar a relação que os indivíduos possuem com o mundo virtual, uma vez que, o vício em games traz sérias consequências para a vida daqueles que sofrem desse transtorno. Em primeira análise, dados divulgados pela OMS informam que adolescentes e adultos jovens são as parcelas da população que mais são afetadas por compulsão por jogos. Nesse sentido, é preciso entender que essa doença não é uma mazela que surge instantaneamente, de forma que, para um indivíduo desenvolver essa doença são necessários longos períodos de construção de hábitos ruins, que surgem na infância ou adolescência, momento em que o indivíduo não tem condições de discernir o que são práticas boas ou ruins para a sua vida. Em segunda análise, o vício em jogos afeta as relações sociais dos dependentes, além de prejudicar a saúde física e psicológica dessas pessoas. Nessa perspectiva, estudos realizados no Reino Unido (Universidade de Standford) e Canadá (Universidade de Toronto) associam o vício em jogos à dificuldade de crianças e jovens a se relacionarem com colegas e familiares, além de se tornarem mais propensos a desenvolverem doenças físicas como obesidade e diabetes tipo 2 e doenças psicológicas como depressão, ansiedade, TDAH. O combate ao vício em jogos eletrônicos, portanto, é um grande dilema para a sociedade. Deste modo, cabe aos pais e responsáveis, orientar seus filhos a usar aparelhos eletrônicos de forma responsável, sendo recomendado por especialistas o tempo máximo de duas horas por dia. Em consonância, pais e responsáveis devem ser exemplo do uso consciente de eletrônicos, visto que, muitas vezes os responsáveis reclamam da compulsão dos filhos, mas não conseguem deixar o celular de lado e estreitar seus laços afetivos de forma plena com seus menores. Outrossim, estimular a prática de atividades físicas e ao ar livre entre jovens e crianças é essencial para que eles desenvolvam sua capacidade de se relacionar em sociedade, cuidem da sua saúde e conheçam outras formas de diversão além das oferecidas pelo mundo virtual. Desta forma, estimulando desde a infância hábitos de vida saudáveis, será possível gerar adultos saudáveis e prontos para conviver em comunidade.