Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O vício em games como distúrbio mental e suas implicações

Redação enviada em 26/03/2018

Os jogos eletrônicos estão cada vez mais presentes no cotidiano de crianças e adolescentes. Nesse ínterim, isso pode ser denotado pela substituição de jogos, brincadeiras e relações reais pelo ambiente virtual e, é nesse ponto que o indivíduo passar a ser dependente do mundo digital. Desse modo, o vício em games já é tido como distúrbio mental, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, haja vista que, essa sujeição apresenta mudanças no comportamento dos viciados. "Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros." A máxima atribuída ao empresário Bill Gates pode retratar a inversão de ensinamentos lecionados pelos pais do século XXI. Isto é, antes mesmo das crianças aprenderem a ler, os pais já lhes apresentam jogos virtuais com o intuito de entreter os pequenos. Por conseguinte, como lhes foi ensinado, sempre buscarão esse meio como entretenimento e a partir do momento em que o indivíduo se isola das relações interpessoais por conta dos games constata-se, então, o distúrbio mental. É sabido que em janeiro de 2018 a OMS reconheceu o vício em games como distúrbio mental. Além do mais, alguns sintomas foram explícitos como: não ter controle de frequência, intensidade e duração com que joga videogame; priorizar os jogos a outras atividades; continuar ou aumentar ainda mais a frequência com que joga, mesmo após ter obtido consequências negativas desse hábito. À vista disso, os médicos relataram que após ganhar uma partida, o cérebro libera dopamina, hormônio que gera sensação de prazer e êxtase, logo, a dependência dessas sensações é o que intensifica a necessidade de permanecer jogando. Ademais, o distúrbio de games se tornará um problema de saúde pública, o qual o Brasil ainda não está preparado para enfrentar. Em virtude disso, o Jornal Nacional expôs como a situação é enfrentada no mundo, a Coreia do Sul já possui Lei que proíbe o uso de games por pessoas menores de 18 anos entre meia noite e seis da manhã. Nessa mesma linhagem, no Japão, os jogadores recebem advertência se passarem de uma certa quantidade de horas mensais entretidos com os games. Por fim, na China, uma empresa de tecnologia determina até quantas horas uma criança pode jogar. Vale ressaltar que, não são medidas radicais, são prevenções para uma possível pandemia. Infere-se, portanto, para que o Brasil possa lidar com o distúrbio de games, é necessário que o Governo Federal invista, por meio de licitações, em cursos de capacitação para os médicos e os psicólogos do Sistema Unificado de Saúde, com o fim de facilitar o diagnóstico da doença e promover um tratamento eficaz para os pacientes. Para mais, com a finalidade de prevenir que a taxa de dependentes aumente, cabe às escolas instruírem os pais, por meio de palestras, a observarem o comportamento de seus filhos, limitarem o acesso aos jogos, além de incentivarem hábitos de leitura e brincadeiras com outras crianças. Assim, será provável mitigar as implicações do vício em games.