Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O vício em games como distúrbio mental e suas implicações

Redação enviada em 09/02/2018

Desde a década de 1980, a sociedade é desafiada pelo problema que envolve o vício em vídeo games. Nos dias atuais, apesar dos avanços implementados pelo Governo, tais como o Núcleo de Tratamento do Jogador Compulsivo (NTJC), o desafio, devido à negligência e compactuação da sociedade e à falta de atitude do Governo, urge por soluções imediatas. Em uma primeira análise, sob a ótica sociológica, a persistência da problemática no Brasil é intrinsecamente fomentada pela negligência e a compactuação da sociedade que se omite diante de situações de crianças e adolescentes que trocaram as brincadeiras tradicionais por jogos eletrônicos e deixam até de comer para jogar a "última partida" . Nesse sentido, em um estudo publicado pela Folha de São Paulo, foi divulgado que o aumento de viciados em jogos eletrônicos, constrói-se historicamente na formação social do Brasil como traço revelador do passado cultural nacional. Desse modo, a sociedade torna-se a principal vítima de suas próprias contradições, omissões e condutas. Ademais, em um segundo plano, a falta de atitude do Governo possui estreita relação com o aumento dos casos de jogadores compulsivos de videogames. Isso porque a falta de investimentos, em projetos de orientação e tratamento dos jogadores viciados, gera uma sensação de abandono, culminando, assim, na elevação dos casos de viciados precoces. Esse processo decorre da necessidade que o povo sente de ser protegido por seus governantes. Nesse contexto, o filósofo Platão afirma que a punição que os bons sofrem, quando se recusam a agir, é ficar sob o governo dos maus. Dessa maneira, a imprescindibilidade de superação do vício em videogames configura-se como um importante desafio da pós-modernidade. A negligência da sociedade, em paralelo à falta de atitude do Governo, portanto, são condições diretas para que o grave caso de pessoas viciadas em jogos eletrônicos ocorra no Brasil. A fim de que haja a imprescindível superação desse panorama, faz-se necessário que o Governo, por meio dos órgãos de saúde , implemente núcleos de debates e divulgação sobre os riscos de jogar videogames compulsivamente. Nesse aspecto, deve-se criar núcleos itinerantes de atendimento ao jogador compulsivo, permitindo, assim, uma ação eficaz no tratamento da problemática. Além disso, a mídia, consciente de seu papel social, deve buscar a maior informatividade e construção de postura crítica da população, ao divulgar projetos que incentivem o respeito à infância e à segurança de cada cidadão. Agindo assim, a construção de uma sociedade em que a paz seja um valor substancial será uma realidade empírica, não um ideal ou uma utopia.