Após a revolução industrial, o desenvolvimento tecnológico permitiu a elaboração de diversos dispositivos lúdicos que entretém milhares de pessoas em todo o mundo. Dentre eles, os videogames conquistaram o público ao proporcionar prolongados momentos de prazer e relaxamento, sendo uma excelente válvula de escape do mundo real. Contudo, o vício em videogames é hoje considerado um distúrbio e a falta de conhecimento do público acerca desses transtornos pode causar implicações. Apesar de muitos acreditarem que a caracterização de um vício em jogos virtuais dependa apenas da frequência com que se joga, nem sempre isso é verdade. Para Richard Graham, especialista em vícios em tecnologia, é necessária uma avaliação contextual sobre o paciente, para que diagnósticos equivocados possam ser evitados. Assim sendo, o senso comum pode causar sérios danos, levando indivíduos a acreditar que possuem o vício quando na verdade são saudáveis. Considerando o pensamento de Immanuel Kant, filósofo prussiano, é inteligente aquele que sabe satisfazer seus impulsos, já quem os domina é sábio. Dessa maneira, o conhecimento acerca dos mecanismos psicológicos e comportamentais que compõe os vícios podem auxiliar as pessoas a se avaliarem de modo correto, prevenindo o aparecimento de pacientes hipocondríacos. Logo, medidas são necessárias para resolver o impasse. Almejando a erradicação do desconhecimento do público em relação ao vício em videogames, o Ministério da Educação e Cultura deve realizar palestras ministradas por professores, psicólogos e pedagogos que tratem a respeito dos jogos virtuais, analisando os cuidados a serem tomados ao realizar essa atividade. As palestras deverão ocorrer em escolas e faculdades, visando atingir o maior número de jovens, público alvo das grandes indústrias produtoras de videogames.