A preocupação com o vício em games está presente na contemporaneidade. Considerando esse contexto, podem ser discutidos os sinais e sintomas do vício em jogos eletrônicos e as falhas da Organização Mundial da Saúde (OMS) ao generalizar os transtornos com jogos digitais. Pode-se, então, avaliar o quão relevante é esse assunto para a sociedade. Em primeiro lugar, é preciso analisar os sinais e sintomas da dependência em videogames, visto que, segundo a OMS, são levados em conta apenas 3 critérios para que uma pessoa seja diagnosticada com distúrbio de games, que são a falta de controle sobre o jogo, o aumento de prioridade que se dá ao jogo e o elevado tempo jogando. Sabendo disso, pode-se perceber que tais sintomas são subjetivos e que muitas pessoas serão diagnosticadas erroneamente devido à falta de objetividade dos critérios. Além disso, faz-se necessário atentar para as falhas da OMS ao trivializar os transtornos com videojogos. Isso porque existem muitas pessoas que têm os games como profissão ou principal fonte de renda. Exemplos fáceis de se encontrar são os desenvolvedores, criadores de jogos e jogadores profissionais de esportes eletrônicos, os e-sports, os quais ultrapassam facilmente a barreira de 12 horas de jogos por dia, e que, de acordo com os critérios da OMS, também seriam identificados como portadores do distúrbio dos games. Por conseguinte, são necessárias novas ações para a resolução desses problemas. A OMS deve modificar, por meio de suas políticas internas, o rascunho da Classificação Internacional de Doenças (CID), que será publicado neste ano, com a finalidade de especificar melhor os critérios adotados para o diagnóstico em distúrbio de games. Objetivando, assim, o reconhecimento desse transtorno.