O manifesto futurista, surgido em 1909 representou artisticamente as inovações e avanço tecnológico, mas nunca se imaginou que isso se daria tão rápido e influenciaria a vida de todos. Sendo assim, o celular é um fruto desse avanço e, atualmente, ele é muito utilizado principalmente por jovens, inclusive na sala de aula. Contudo, existe uma linha tênue entre o aparelho servir de aprendizagem ou distração, logo é preciso que seu uso seja feito positivamente. Na indústria farmacêutica, os medicamentos servem para curar doenças, no entanto, uma dosagem inadequada pode ser prejudicial. Nesse sentido, de modo comparativo, a posse do celular na escola pode ser uma ferramenta de desvio de atenção ou ensino. O problema surge, pois de acordo com dados do governo brasileiro, as notas dos estudantes estão abaixo do esperado. Dessa forma, evidencia-se que a posse daquele instrumento em sala de aula para fins não didáticos, como o acesso de redes sociais, pode ser o motivo para esse resultado negativo. Nesse cenário é preciso um ponto de partida para que o uso do aparelho seja feito adequadamente. De acordo com John Locke, o indivíduo nasce como uma folha em branco e as experiências construirão sua personalidade. Nessa ótica, fundamenta-se que, primeiramente, os pais, no papel de formadores da conduta dos seus filhos, precisam limitar o uso inadequado do telefone celular pelos filhos nas escolas. Além disso, a ausência de aulas dinâmicas e sem didática provocam o desinteresse dos alunos, os quais buscam na ferramenta uma distração. Como reflexo disso, o rendimento escolar se torna baixo. Dessa maneira os professores precisam contribuir para mudar essa realidade. Torna-se evidente, portanto, que medidas precisam ser tomadas no que se refere o uso desse aparelho. É imperioso, nesse sentido, que os pais procurem saber sobre o comportamento dos filhos, a fim de punir atitudes incorretas, como o uso inadequado do celular por meio da limitação da sua posse. Em conjunto, a escola e professores devem estimular a utilização da ferramenta para pesquisas escolares, debates sobre assuntos didáticos, para que ela seja um instrumento de aprendizagem e não de distração.