É possível afirmar que o celular é um dispositivo que potencializa a busca de conhecimento, todavia, quando o foco de atenção é dividido com outra atividade se torna ineficaz. Tal hipótese pode se basear na dificuldade de concentração nas aulas e na existência de mecanismos que inviabilizam o processo de aprendizagem. No que se refere à concentração, os processos nas salas de aula mantêm uma metodologia no ato de ensinar. Diante disso, não importa o modo como há a busca de informações, desde que seja mantida a atenção no material estipulado, a exemplo do que afirma André Palmini -um especialista no assunto-: sempre que o cérebro divide a atenção em mais de um estímulo, a capacidade de ‘dedicar-se’ àquilo que é prioritário diminui. Além disso, a existência de redes sociais, jogos, aplicativos, entre outras funções, nos celulares, também podem distrair os alunos, entretanto, se torna viável quando o dispositivo é exclusivo para o estudo, ou seja, sem a instalação destes mecanismos. Vale ainda lembrar que a confiança prioritária neste dispositivo traz prejuízos para o aluno, iludindo-se com as possibilidades, visto que leva à admissão de um conhecimento superficial, isto é, sem relação pessoal, não se atentando à discussão e eliminação de dúvidas. Fica evidente, portanto, que o celular possui inúmeras possibilidades, cujas funções podem ajudar se forem administradas corretamente. Assim, faz-se necessário o consenso dos docentes quanto ao uso tecnológico do celular, baseando-se em uma metodologia conjunta entre a discussão acerca do assunto com o professor e outras atividades com o celular, como pesquisas. Ademais, o Ministério da educação poderia disponibilizar celulares com uso exclusivo para educação sem mecanismos distrativos a fim de melhorar a educação dos alunos, afinal o ser humano é aquilo que a educação faz dele (Immanuel Kant).