Título da redação:

O equilíbrio de Aristóteles

Tema de redação: O uso de celular em sala de aula: ferramenta de aprendizagem ou distração?

Redação enviada em 24/07/2016

No século XX, aconteceu nos Estados Unidos e no Japão, a chamada Terceira Revolução Industrial, que teve como legado o surgimento dos celulares e o aumento do estresse entre os indivíduos. Nos dias de hoje, esse fenômeno se propagou por outros países, dentre eles o Brasil. Em virtude disso, muito se tem discutido sobre o uso de celulares nas salas de aula, visto que esse auxilia no aprendizado, contudo, em alguns casos, pode distrair os alunos ou contribuir para o desenvolvimento de doenças neurológicas. Primeiramente, pode-se dizer que o uso dessas tecnologias estimula o contato entre as pessoas, logo, facilita a troca de conhecimento e o aumento do repertório cultural. Nesse contexto, as escolas podem utilizar esse instrumento como meio de aprendizado, por meio de mais trabalhos feitos com vídeos, que contribuem para a inclusão de um aluno tímido, por exemplo. Outro aspecto positivo da adaptação desse dispositivo nos colégios é que os estudantes aprenderiam como se portar nesse meio digital, como se protegerem de pedófilos ou "cyberbullying" e como obter conhecimento dessa tecnologia, já que isso se faz cada vez mais necessário para a inclusão no mercado de trabalho. No entanto, pesquisas revelam que mais de 50% dos jovens não conseguem ficar um minuto sem estar conectado e isso pode desencadear doenças, como o TDHA, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Desse modo, professores sentem-se coibidos de ensinarem devido a utilização em massa desses aparelhos eletrônicos, haja visto que a maioria dos indivíduos não conseguem se concentrar em diferentes tarefas ao mesmo tempo. Assim, as escolas devem dispor de autonomia ao educador, para a decisão do momento e conteúdo que devem ser acessados no período de aula. Fica evidente, portanto, que os dois extremos são inviáveis, como afirma Aristóteles em um de seus estudos. Nesse sentido, o poder público deve disponibilizar psicólogos em todas as escolas nacionais, para que os alunos consigam deixar o “vício” pelos celulares e somente o utilizem para obtenção de conhecimento nas salas de aula e com a devida autorização do professor. Ademais, as escolas devem criar palestras semanais que ensinem aos estudantes o modo correto de usar essa tecnologia. Por fim, cabe aos familiares ensinarem seus descendentes a respeitarem seus docentes, bem como monitorar o uso dos "smartphones" para que não o utilizem em excesso. Quem sabe, dessa forma, o uso de celulares seja equilibrado nas instituições de ensino brasileiras.