Título da redação:

Ex-inimigo

Tema de redação: O uso de celular em sala de aula: ferramenta de aprendizagem ou distração?

Redação enviada em 02/08/2016

Distração. Estresse. Irritabilidade. Risadas. Atualizações sobre o mundo. Ansiedade. São situações que os jovens passam a todo instante no qual estão conectados ao mundo virtual e, infelizmente, comumente os professores vão contra ao uso dessa tecnologia em sala de aula por receio que a mudança pode ocasionar. Desde a Revolução Industrial no final do século XIII, passamos a enfrentar uma rapidez na transmissão e criação de informações e produtos novos a cada minuto. Relativamente, desde 1990 recebemos uma enxurrada de tecnologias práticas e acessíveis na palma de nossas mãos. Sendo assim, as últimas gerações não tiveram a mesma rapidez de, racionalmente, aprender a usar essas novidades sem exageros e sem interferência direta que prejudique a vida pessoal, isso permite que não haja reconhecimento do aluno quanto a importância de se equilibrar a tecnologia na vida. André Palmini, pesquisador do Instituto do Cérebro da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS – afirma que há uma perda inevitável de qualidade atencional quando o aluno divide a atenção entre o professor e o celular. Por outro lado, nas escolas, ainda há o uso de técnicas tradicionais. Graduandos de licenciatura continuam a aprender às mesmas metodologias de conhecimento que eram usados no século XX. E ainda, geralmente, os colégios dificilmente aceitam métodos de ensino diferentes por medo ou desconhecimento do impacto a ser gerado. Essa diferença entra a falta de tecnologia dentro de sala de aula e o excesso fora dela acaba por dar a impressão ao aluno que a escola nada mais é que um ambiente obsoleto. De fato, é compreensível o receio dos colégios contra a sede dos alunos pela tecnologia. A curto prazo é importante que os alunos recebam aulas e palestras de psicólogos e pedagogos, em uma parceria público-privada com Ministério da Educação e escolas, explicando como o uso excessivo atrapalha o desenvolvimento psicológico e estudantil. A liberação do uso dos celulares pode ser efetuada aos poucos, como uma estratégia a longo prazo, para pesquisas de campo, de matérias e atualidades. Muito mais eficiente do que enfrentar um inimigo tão poderoso, é aliar –se a ele.