Título da redação:

Educação e Tecnologia: relação de amor e ódio

Tema de redação: O uso de celular em sala de aula: ferramenta de aprendizagem ou distração?

Redação enviada em 28/07/2016

Nos dias atuais, a tecnologia é vista como o Santo Graal do mundo globalizado. Devido aos constantes avanços tecnológicos e eventual barateamento nos custos de produção, eletrônicos tornaram-se acessíveis a uma nova camada da população, entre eles, os adolescentes da Geração Y, os quais nasceram em um período de transição tecnológica da sociedade e, por conta disso, vivem plugados em seus aparelhos celulares, os quais os dominam com facilidade. Entretanto, seu uso é visto com maus olhos por pais e professores, devido aos inúmeros casos de indisciplina e falta de concentração dentro e fora do âmbito educacional. Primeiramente, deve-se reconhecer que o aparelho celular, no atual cenário da educação brasileira, está longe de ser reconhecido como instrumento educacional. Entretanto, não é possível afirmar que a retirada desses aparelho provocará um súbito despertar de interesse ao aluno e uma melhora em seu desempenho, pelo contrário: na ausência desses, o indivíduo simplesmente recorrerá a outros métodos que desviem sua atenção da aula, como cochilar, ou comunicar-se verbalmente com outros alunos. Além disso, o celular caso não seja restrito por completo, com as devidas fiscalizações do educador, pode proporcionar serviços úteis ao aluno, a consulta de dicionários on-line, por exemplo, é uma delas: ao permitir que o aluno usufrua de uma fonte de informações básica, a aula fluirá sem interrupções devido a perguntas triviais, visto que o aluno pode consultar a resposta através de seu aparelho eletrônico. De outro modo, o educador, por sua vez, pode aplicar questionários avaliativos e chamadas de presença digitais, dessa maneira, unindo o útil ao agradável ao otimizar o tempo do profissional ao mesmo tempo que poupa o papel utilizado em tais atividades, causando um menor impacto ambiental. Segundo Pasi Sahlberg, autor do livro "Lições Finlandesas: o que podemos aprender com a Finlândia?", país que se localiza em terceiro lugar no Programa Internacional de Avaliação dos Alunos, deve-se entender que a tecnologia não deve ser utilizada como um substituto ao ensino tradicional proposto por educadores. Dessa forma, um ensino híbrido seria um dos ideiais a se adotar em escolas que desejam optar por tal metologia. Cabe ao Ministério da Educação, se possível, o desenvolvimento de aplicativos que monitorem a atividade do estudante durante as atividades escolares somado à restrição da internet nas escolas apenas a sites educacionais são boas ideias que ajudam a avaliar a qualidade do sistema de ensino.