O hábito de checar o celular a todo instante já virou ciclo vicioso entre jovens e adultos na contemporaneidade. Seja nas ruas, em bares ou no ponto de ônibus, a cena mais comum é de pessoas totalmente vidradas em seus aparelhos telefônicos e desconectadas do mundo a sua volta. Infelizmente, não seria diferente nas salas de aula, onde crianças e jovens acabam trocando o aprendizado em função dessas distrações. Com o advento da tecnologia e intensa massificação do uso de celulares, as salas de aula tornaram-se desinteressante frente aos inúmeros lançamentos de aplicativos e jogos, como recentemente pôde ser visto com a febre do jogo Pokémon Go. Logo, as redes sociais, tais como Facebook, Whatsapp e o seu característico alerta de nova mensagem ou publicação, corroboram também como grandes empecilhos para a falta de atenção à aula. Com isso, o professor em sala de aula trava uma luta desigual entre educação e um rol de entretenimento. O uso excessivo dos celulares, além de atrasar a vida escolar do estudante, colabora para a eminência de uma juventude alienada e presa a recursos tecnológicos. De certa forma, a atual conjuntura relaciona-se com a teoria do filósofo Platão acerca da alegoria da caverna, em que os celulares corresponderiam à prisão identificada pela caverna, a qual impossibilita a visão do mundo exterior tornando os indivíduos alheios à pensamentos críticos e inteligentes. Ademais, segundo pesquisa publicada pela London School of Economics and Political Science (LSE) revelou que as escolas britânicas que baniram os celulares registraram um aumento de 6% no desempenho de seus alunos. Por fim, a escola insere-se num grande desafio de manter a ordem e disciplina proveniente dos tempos antigos diante de uma modernidade desenfreada. Portanto, é essencial a participação do Governo Federal através do Ministério da Educação no sentido da implantação de medidas incisivas como leis e decretos que visem a proibição do uso de aparelhos celulares durante as aulas. Pensando no âmbito familiar, a promoção de campanhas e palestras nas escolas municipais e estaduais para conscientização dos pais, poderiam auxiliar no processo e garantir melhores resultados para a questão.