Muito se discute sobre os efeitos da utilização dos celulares como ferramenta de ensino nas salas de aula. Ao refletir sobre o tema, é possível perceber aspectos positivos e negativos desse uso e, a partir daí, definir uma maneira de uso em que os benefícios prevaleçam. É possível vislumbrar maneiras em que essa tecnologia possa ser aplicada nas salas de aula, visando à melhoria da qualidade do ensino. Através da utilização de aplicativos matemáticos, por exemplo, os alunos podem construir gráficos com visualização em três dimensões, construir sólidos geométricos ou cadeias carbônicas. Há ainda a possibilidade de eles acessarem vídeos ou canções pelo "youtube" ou através do site da TV Escola, enriquecendo, assim, as aulas de História, Geografia ou Literatura. Contudo, é preciso atentar para o problema da distração, muito divulgado pelos especialistas em neurologia e psicologia do desenvolvimento. Isso porque é comum os jovens entreterem-se com as redes sociais e perderem o foco nos estudos. Além disso, os estudantes precisam desenvolver a capacidade de memória, comunicação e interação social, o que pode ser prejudicado pelo uso do celular. Sendo assim, fica exposto que o celular possui um caráter dual: é uma ferramenta útil quando utilizado no momento e da forma adequados; mas quando mal utilizado, é uma fonte de distração. Por isso, os professores devem delimitar o momento correto de uso, que pode ser qualquer aula em que ele possa ser introduzido e com a devida supervisão dos conteúdos acessados. Assim, teremos um aliado na sala de aula e evitaremos que nossa tecnologia supere nossa humanidade, como alertava Albert Einstein.