Título da redação:

Celulares: os vilões da concentração em sala de aula

Tema de redação: O uso de celular em sala de aula: ferramenta de aprendizagem ou distração?

Redação enviada em 26/07/2016

De acordo com IBGE, em 2013, cerca de 66% da população brasileira maior de 10 anos, possuía aparelho celular. Tal situação agravou-se ao adicionar os fatores: acessos diários à internet e a dificuldade enfrentada pelos professores em manter a atenção de seus alunos durante as aulas, de modo que não haja dispersão a cada nova notificação de mensagem. Como consequência dessa indiscriminação tecnológica, doenças como ansiedade, nomofobia (medo de permanecer sem celular), distúrbios do sono e dispersão, são notadas por especialistas. Por outro lado, a discussão sobre a atual lei de proibição destes aparelhos nas dependências escolares tem movimentado o meio escolar e divide opiniões. Entretanto, a dispersão ao interagir com o aparelho, em aula, é notória. Dessa forma, em sala de aula a premissa se mantém. Em contrapartida, observa-se que, com o advento das revoluções industriais e, posteriormente, o desenvolvimento da globalização mundial, a internet aproximou pessoas e os smartphones tomaram o lugar das enciclopédias nas pesquisas escolares. Esse fato facilitou e dinamizou atividades rotineiras dos aluno e professores. Em virtude dessa facilidade na acessibilidade e na troca de informações, essa pauta tornara-se alvos de questionamentos em diversas esferas acadêmicas e na área da saúde. Em um recente estudo, a escola inglesa Scool of Economist atestou que o rendimento de seus alunos foi elevado em 6% após a proibição de aparelhos de telefonia móvel nas dependência da escola. Essa informação apenas enfatiza a necessidade de controlar o uso de celulares entre os jovens e o papel que a escola deve ter nessa orientação, haja visto que seria utópico crer que o dispositivo em sala seria utilizado apenas para pesquisas bem como atividade acadêmicas, e não para acesso à redes sociais. Diante do exposto, medidas são necessárias. Em primeiro lugar, o poder legislativo deve sancionar a lei de restrição à utilização do aparelho nas salas de aula, em todo o território nacional. Ao mesmo tempo, cabe ao MEC destinar parte de seus recursos para aquisição de livros e computadores a serem disponibilizados nas redes educacionais, a fim de ofertar base bibliográfica e de pesquisa aos estudantes. Por fim, é responsabilidade dos diretores de escolas, promoverem debates e palestras ministrados por sociólogos e psicólogos, acerca dos prejuízos sociais e educacionais ocasionados pelo uso irrestrito de telefonia e internet móvel, tanto para aulos quanto para familiares prezando sempre pela manutenção do diálogo entre escola e sociedade.