Segundo Arnold Toynbee, "tornamo-nos deuses na tecnologia, mas continuamos macacos na vida". Nesse contexto, no âmbito escolar, essa perspectiva de retrocesso é mais evidente, uma vez que o uso de ferramentas tecnológicas, como o celular, não é empregado para ampliar o conhecimento, mas, pelo contrário, é tratado como vilão nas salas de aula. Dessa forma, urge-se algumas medidas para apaziguar essa relação. Antes de tudo, os aparelhos tecnológicos, principalmente, os portáteis, como smartphones, tablets, celulares e afins, são meios que facilitam o acesso ao conhecimento. Esses pequenos instrumentos, em sua maioria, exercem as mesmas funções de máquinas mais pesadas e complexas, como o computador de mesa. Com essa capacidade, eles podem promover várias buscas pela internet, a fim de encontrar e adquirir mais conhecimento e de forma mais democrática, visto que o acesso a "web" é mais barata e mais dinâmica, pois pode ser usada em quase todos os lugares. Sendo assim, livros em formato PDF, revistas eletrônicas, documentários, entre outros, podem colaborar para aumentar a bagagem cultural e educacional por meio dessas ferramentas tecnológicas, as quais são negligenciadas em várias unidades de ensino. Não obstante, é importante ressaltar que o estigma de vilão é fomentado pelo despreparo dos centros de educação. Sem dúvida, boa parte do corpo docente não está preparado para lidar com o manuseio desses equipamentos em sala. Dessa maneira, como o mundo está diluído no meio digital e, de acordo ao IBGE, como quase 80% dos jovens brasileiros possuem acesso a internet, a atração por isso passa a ser muito maior do que pelas monótonas aulas. Ademais, maioria dos projetos pedagógicos não quer tratar da implementação desse recurso nas escolas. Desse jeito, a negligência passa a desvirtuar o caráter construtivo e benéfico desses objetos, os quais possuem grande potencial para auxiliar no processo de ensino aprendizado, já que este vem demonstrando grande defasagem, principalmente, nas escolas. Pode-se evidenciar, portanto, que os celulares são bons meios que possibilitam maior aprendizado, porém, o pouco interesse em possibilitar isso pelos professores, faz deles uma ferramenta de distração. Para mudar esse contexto, primeiramente, as escolas devem promover a capacitação do corpo docente, auxiliados pelas secretarias de educação, com vista a proporcionar uma maior interação entre professores, alunos e as tendências digitais. Outrossim, elas, ainda, podem tratar, em seus projetos pedagógicos, da implementação do uso desses instrumentos, desde a mais tenra idade dos discentes, com o intuito de doutrinar o bom uso e minimizar os atuais problemas, como a distração, motivados por esses meios. Por fim, a mídia, através de uma maior produção de livros, revistas e conteúdo áudio-visual digitais e gratuitos, pode impulsionar e incentivar a essa adaptação e implantação. Assim sendo, todos poderão evoluir ser barreiras.