Tema de redação: O uso de celular em sala de aula: ferramenta de aprendizagem ou distração?
Redação enviada em 30/07/2016
No fim do século XIX, Heinrich Hertz, criou um dispositivo transmissor de códigos sonoros pelo ar, que, anos depois seria transformado no celular, a ferramenta de maior importância da modernidade. Todavia, ainda que o aparelho tenha influência direta no cotidiano da sociedade, persistem os debates referentes ao uso do mesmo no ambiente escolar. Nessa conjuntura, é válido analisar as implicações da introdução desse mecanismo e seus respectivos aproveitamentos. É indubitável que o constante manejo dos smartphones provoque um conflito entre docentes e discentes. De um lado, os educadores tradicionais acusam os celulares de promover alienamento e distração, proibindo o uso de tais, no entanto, do outro, os alunos não estão dispostos a desapropriarem-se dele, visto que o aparelho faz parte das suas rotinas. Em suma, é preciso que os professores atuem sabiamente tornando o atual impasse em algo impulsionador do ensino. Ademais o uso de livros e lousas já não são suficientes para engajar o interesse pelo aprendizado. A tecnologia desde a Revolução Industrial vem reformulando e otimizando os hábitos sociais, e em âmbito acadêmico não é diferente, na atualidade o aproveitamento dos sites, vídeo aulas e aplicativos educacionais fazem parte dos planos de estudo dos indivíduos, portanto, inseri-los na metodologia escolar pode tanto dinamizar o ensino, como atrair os estudantes. Com isso, as escolas devem adotar políticas e posturas, por meios de regras, para explorarem os aspectos benéficos dos utensílios eletrônicos. Contudo, a apropriação dos celulares deve ser controlada e orientada pelos pedagogos. A Unesco foi uma das percursoras ao defender a postura, afirmando que as instituições necessitam desenvolver didáticas relacionadas ao tema. De maneira análoga é possível inferir que as escolas podem promover essa mudança ao estabelecerem uma rotina para o uso dos dispositivos móveis, tornando os períodos mais interessantes ao promoverem, por exemplo, pesquisas e debates virtuais. Assim, de maneira coerente e regrada a apropriação dos recursos serão exclusivamente para fins educativos. Entende-se, portanto, que inviabilizar a utilização dos aparelhos celulares não é coeso diante das diversas vantagens dos mesmos no contexto acadêmico. Para isso, é preciso que o Poder Legislativo, junto à população, reformule a lei sobre o uso do aparelho, tornando-o livre desde que seja para atingir metas educacionais. Assim como, o Ministério da Educação deve investir na formulação de aplicativos para auxiliar os alunos, além de disponibilizar conferências com as autoridades acadêmicas para explorar e incentivar a temática. Dessa maneira, a invenção de Hertz ao invés de promulgar conflitos será benéfica ao ensino.