Segundo o escritor Karl Kraus, "o desenvolvimento técnico só vai deixar um único problema por resolver: a debilidade da natureza humana". Com o advento da modernidade, o ser humano passou a empregar a tecnologia em várias tarefas do dia a dia, o que culminou com o uso exagerado de celulares no ambiente escolar e a lentidão do raciocínio dos usuários. Logo, observa-se que a tecnologia dos "smartphones" está afetando negativamente no aprendizado das futuras gerações. Antes de mais nada, é preciso ressaltar que a utilização de dispositivos móveis em sala de aula pode ser benéfica. Segundo a Organização das Nações Unidas, quando bem utilizados pelos alunos, os celulares promovem o intercâmbio cultural de informações e amplia consideravelmente as fronteiras do conhecimento. Como resultado, o aprendizado é acelerado e simplificado, o que possibilita que até mesmo alunos portadores de alguma deficiência frequentem as escolas comuns. Por outro lado, há uma crescente cultura do imediatismo por parte dos alunos mais dependes dos dispositivos eletrônicos. A partir do momento em que o indivíduo deixa de praticar a escrita e utiliza somente os meios tecnológicos, ele se acostuma a absorver informações instantaneamente, sem mesmo ter que pesquisar. Consequentemente, segundo dados do jornal americano The New York Times, estamos entrando na era da chamada "sociedade relâmpago", onde a fragilidade intelectual afeta grande parte dos jovens. Fica evidente, portanto, que o uso de celulares em sala de aula é feito de modo inadequado. Nesse sentido, a escola, como instituição formadora de valores, deve criar uma disciplina específica que ensine aos alunos a utilização eficiente de tecnologias móveis, de maneira que o aprendizado seja potencializado. Ademais, os pais devem dialogar com os filhos e definir regras e horários para o uso do celular. Só assim, o desenvolvimento técnico não será um incentivo a debilidade do ser humano.