Na mitologia grega, Sísifo, condenado por Zeus, empurrava uma grande pedra morro a cima pela eternidade, mas sempre que estava conseguindo, perdia suas forças e a pedra retornava à base. De maneira análoga, esse mito assemelha-se com a luta social contra os malefícios do trabalho informal como alternativa à crise econômica. Destarte, é necessário analisar como o descaso governamental a falta de planejamento educacional influenciam nesse impasse. Em primeira análise cabe pontuar que o descaso governamental é uma das principais causas desse impasse. Isso ocorre porque, o Estado, segundo o pensamento do filósofo Thomas Hobbes, deve garantir os direitos a sua nação. Entretanto, quando é visto os direitos trabalhistas previstos na CLT, observa-se que no trabalho informal, essa garantia não pode ser empregada. Com isso, os trabalhadores sem carteira assinada fica sem direitos como férias remunerada, décimo terceiro salário e FGTS. Desse modo, é necessário planejamento estatal para promover maior quantidade de empregos, pois a sociedade subempregada é vulnerável, visto que, não é amparada pelas leis trabalhistas. Outrossim, além do descaso governamental, a falta de planejamento educacional é outro fator dessa problemática. Isso ocorre porque, no modelo educacional vigente, a escola, ao invés de incentivar os alunos a aprenderem sobre empreendedorismo e negócios, apenas os ensinam as matérias cobradas nas provas. Nesse contexto, os educandos, conforme defende o filósofo Immanuel Kant, serão resultados de sua educação, e, dessa forma, eles irão ser condicionados apenas a ter uma mentalidade de serem empregados, e, lamentavelmente, terão dificuldades de se tornarem empresários. Assim, uma vez desempregados, não conseguem, na maioria das vezes, montar seu próprio negócio, tendo que se sujeitar a trabalhos informais. Torna-se evidente, portanto, que o trabalho informal como alternativa à crise econômica é um problema que precisa ser atenuado. Nessa conjuntura, o Ministério do Trabalho, juntamente com parlamentares, deve promover incentivos fiscais aos empresários, por meio da isenção de alguns impostos por 10 anos. Desse jeito, as empresas terão maior suporte para crescer, promovendo o aumento de empregos de carteira assinada e o Estado cumprirá seu dever garantindo mais uma de suas leis à população, como previa Hobbes. Ademais, o Ministério da Educação, juntamente com especialistas na área, deve incluir no Ensino Médio aulas de empreendedorismo e negócios, por uma mudança na lei, debatida e aprovada no Congresso, para a inclusão dessas matérias na grade curricular. Dessa maneira, a sociedade, resultado de sua educação, como previa Kant, irá ter maior possibilidade de abrir seu próprio negócio, promovendo maior quantidade de trabalhos formais e diminuindo a necessidade dos subempregos. Destarte, a sociedade, diferente do mito de Sísifo, conseguirá, mesmo que a passos curtos, vencer essa adversidade.