Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O trabalho informal como alternativa à crise econômica

Redação enviada em 28/08/2018

Durante o período conhecido como Grande Depressão, o mundo conheceu uma crise econômica sem precedentes, que, dentre outras consequências, gerou uma onda de desempregos e, por conseguinte, propiciou terreno para o surgimento do trabalho informal. De maneira análoga ao episódio histórico, o Brasil observa o advento dos chamados "bicos", atividades sem vínculos empregatícios fixos que, apesar de serem uma alternativa ao desequilíbrio do mercado, apresentam problemas como a ausência de direitos trabalhistas e a instabilidade do empregado, o que legitima o debate acerca do assunto. Em primeiro plano, cabe analisar a falta de garantia da legislação instituída pela CLT como uma falha do trabalho informal. Sendo assim, vale salientar que, embora o subemprego demonstre aparentes vantagens em relação aos serviços regulares, como a facilidade de contratação e o rápido retorno financeiro, a escassez dos direitos conquistados ao longo da Era Vargas, a exemplo de férias remuneradas e um seguro-desemprego, pode levar o indivíduo a sofrer graves danos socioeconômicos. Dessa forma, conclui-se que a ascensão do trabalho informal é um fator preocupante e que é necessária uma reavaliação na situação do país. Outrossim, convém destacar que a instabilidade do trabalhador no âmbito dos "bicos" também configura-se como um entrave desse sistema. Isso ocorre porque, dentro da ótica do economista britânico Adam Smith, o panorama das atividades pouco ligadas ao Estado depende da demanda por determinado ofício. Logo, caso não atenda às necessidades do comércio, o brasileiro que trabalha na esfera informal pode rapidamente perder o posto, já que ocupa uma área que está necessariamente relacionada à procura por bens e serviços específicos. Desse modo, vê-se que o subemprego como alternativa à crise é algo alarmante, visto que, segundo dados da CartaCapital, esse tipo de trabalho cresceu em 5,7% em 2017, o que mostra a imprescindibilidade de uma ação do governo. Evidencia-se, portanto, que o trabalho informal é sim uma opção à crise, porém mostra-se como um meio bastante inseguro para o empregado. Nesse sentido, o Ministério do Trabalho, em parceria com empresas privadas e com o objetivo de expandir a oferta de empregos regulares à população, deve promover a ampliação de polos de trabalho devidamente regulamentado pelas leis trabalhistas, sobretudo nos espaços de carência socioeconômica. Ademais, cabe ao Poder Executivo englobar os atuais modais de "bicos" à categoria formal, visando não excluir as possíveis iniciativas particulares do desenvolvimento nacional. Dessarte, o problema será atenuado, e crises como a Grande Depressão permanecerão no passado.