O biológico Charles Darwin, em sua teoria da Seleção Natural, afirma que somente os seres mais adaptados ao ambiente sobreviverão. Nesse sentido, buscando uma adaptação à conjuntura atual de crise econômica e mercado de trabalho gradativamente mais exigente, os trabalhadores brasileiros veem na informalidade uma solução para o desemprego. No entanto, essa gera problemas tanto para o Estado quanto para o próprio indivíduo. Primeiramente, cabe analisar as causas para o aumento do trabalho informal. O Brasil está enfrentando uma grave crise econômica e, em decorrência disso, o índice de desemprego aumenta paulatinamente, alcançando em 2017 a marca de 12,7%. Também, a exigência de capacitação profissional requerida pelos contratantes se mostra um agravante em um cenário em que mais da metade da população adulta concluiu apenas o ensino fundamental. Desse modo, não conseguindo um emprego formal, o cidadão se vê obrigado a recorrer a "bicos" para obter uma renda razoável. Todavia, as atividades supracitadas não garantem ao indivíduo os direitos conquistados com a Consolidação das Leis do Trabalho durante a Era Vargas. Os trabalhadores informais não recebem nenhum auxílio, não têm férias remuneradas, além de não ter uma renda fixa. Ademais, os prejuízos estendem-se ao Governo, uma vez que esse tipo de comércio não paga impostos, que seriam repassados para a União, para serem administradas as obras públicas. Destarte, medidas devem ser tomadas para melhorar essa situação. Para tanto, o Ministério do Trabalho em parceria com o Poder Legislativo devem aprimorar as leis trabalhistas, de modo que abranjam a informalidade, para estender os benefícios da CLT à toda população e garantir o recolhimento de impostos nessa ramificação do setor produtivo. Concomitantemente, usando dos recursos arrecadados, o Ministério da Educação deve otimizar a infraestrutura destinada à educação, criando instituições de ensino médio-técnico, afim de capacitar um número maior de brasileiros para o mercado de trabalho.