Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O trabalho informal como alternativa à crise econômica

Redação enviada em 21/04/2018

Em países emergentes, como no Brasil, o setor terciário vem ganhando uma nova denominação: a chamada hipertrofia do setor terciário. Assim sendo, a saturação desse sistema de transferência de capitais, por meio do comércio e serviços, gera o aumento da informalidade no país. Diante disso, torna-se crucial a existência de ações conjuntas entre órgãos específicos com o intuito de erradicar as consequências causadas pelo subemprego. Historicamente, as bases da Reforma Calvinista, ocorrida na Suíça, estavam estreitamente relacionadas à valorização do trabalho e do lucro, entendidos como possíveis bençãos. De certa forma, o líder desse movimento, João Calvino, possuía perfeitas concepções, uma vez que, ao trabalhar, o indivíduo é compensado financeiramente e pode alcançar seus ideais a curto e médio prazo. Por outro lado, à medida em que parte da população subempregada, ou seja, sem vínculo trabalhista, como carteira assinada e férias, encontra a possibilidade de possuir renda própria a partir de um emprego o qual ela própria estipula seus horários, perde direitos consolidados pelas leis trabalhistas. Por conseguinte, ao necessitar de empréstimos ou financiamentos em instituições bancárias, o subempregado não conseguirá obtê-los pela ausência de renda fixa e comprovada. Ainda por cima, a recente aprovação da lei ligada a terceirização da mão de obra contribuiu aos altos índices de desemprego no Brasil. Como resultado disso, dados divulgados pelo Ministério do Trabalho mostram que, em 2017, o trabalho formal encolheu com o fechamento de 20.832 postos de trabalho com carteira assinada, aumentando em 6,5% o número de trabalhadores por conta própria. Outrossim, é válido ressaltar os males que a informalidade causa nos indivíduos, a exemplo de queimaduras na pele àqueles que trabalham sob o sol escaldante das ruas, avenidas e praias, além de abuso sexual, violência e assaltos - fatores que, infelizmente, são insalubres e que ferem a dignidade humana. Fica evidente, portanto, que iniciativas devem ser tomadas com urgência a fim de conter a informalidade e suas consequências. Por conta disso, o Governo Federal, unido ao Ministério do Trabalho, deve elaborar projetos resilientes, ora no setor agrícola ora no setor industrial, que criem novos postos de trabalho, sendo que, além de mais carteiras serem assinadas, mais pessoas terão direito aos benefícios por ela proporcionados. Ademais, o Ministério da Saúde pode disseminar produtos aos indivíduos que, por livre arbítrio, preferirem continuar na informalidade, como distribuição de filtros solares, roupas e acessórios que bloqueiem os efeitos drásticos causados pelo sol. Assim, o trabalho e suas distintas ramificações se enquadrariam nas concepções calvinistas, proporcionando lucros e bênçãos à sociedade como um todo.