O trabalho informal já existia antes mesmo de ser implantado o trabalho com carteira assinada no governo de Getúlio Vargas, em 1932 e de ser nomeado com esse termo pela Organização Internacional do Trabalho(OIT), em 1972, e continuou a existir no Brasil. O problema é que o emprego informal não só tem crescido nas últimas décadas, mas também tem apresentado-se como uma alternativa que, na maioria das vezes, não é eficiente para o cidadão, se comparada com o emprego formal. O brasileiro tem sofrido com altas taxas de desemprego, como afirma o Índice Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que diz que houve um aumento de desemprego de 4% , só em janeiro de 2018, em relação ao último trimestre de 2017, e, devido a isso, essa situação tem levado diversas pessoas a optarem pelo trabalho informal. Logo, esse setor tem crescido nos últimos anos, como mostra o senso do IBGE, de 2018, que informou que há cerca de 986 mil novos trabalhadores por conta própria e 581 mil novos empregos sem carteira assinada. Dessa maneira, esse problema tem grande impacto na vida dos trabalhadores, porque eles acabam não tendo acesso ao vale transporte, vale alimentação, férias de 30 dias anuais remuneradas, seguro desemprego, garantia de aposentadoria por tempo de contribuição, etc. Além disso, são problemas que privam esses trabalhadores de terem uma vida digna e confortável e também afeta o Estado, que acaba recebendo menos arrecadações para os cofres públicos. Ademais, o trabalho informal está longe de ser tão benéfico quanto um emprego de carteira assinada. Assim sendo, esse fato pode ser constatado em uma entrevista feita por Ana Gabriela Nascimento, uma das criadoras do blog O Trabalho Informal, com o vendedor de abacaxi, capixaba, Israel Dias, que afirma enfrentar sérias dificuldades nesse trabalho, como muitas horas trabalhando, má remuneração e falta de acesso a créditos e financiamentos, e também em uma entrevista feita pela Mayara Fernandes ao Sebastião Cecílio Fernandes, de 70 anos, que trabalha em um carrinho vendendo doces e pipocas, postada no site jornalístico Ururau, e ele diz que as piores consequências de trabalhar dessa forma são a falta de direitos e segurança que pessoas com carteira assinada possuem. Desse modo, esse problema afeta essas pessoas negativamente, já que não há a existência de renda fixa, que é extremamente importante para a garantia de que as dívidas mensais sejam quitadas, há uma remuneração que nem sempre é condizente com o serviço prestado ,várias horas de trabalho, chegando a ser prejudicial para o corpo e a falta de direitos. Fica evidente, portanto, que houve um crescimento do trabalho informal no Brasil e que ele não está sendo suficiente para atender as necessidades da população. Sendo assim, é necessário que o Poder Executivo, juntamente com o Ministério do Trabalho, estatizem empresas e optem por terceirizações, em vez de privatizações, pois essas ações farão com que ocorra o aumento das ofertas de empregos e as oportunidades para as pequenas empresas nacionais, resultando em mais empregos e menos pessoas buscando o trabalho informal. Alem disso, é fundamental que o Ministério da Educação e o Ministério do trabalho promovam palestras, realizadas por profissionais de RH, nos bairros com maiores índices de trabalho informal e nas escolas, no intuito de orientar jovens e adultos sobre a necessidade de adquirir um curso técnico, profissionalizante ou uma graduação na faculdade para que tenham mais facilidade no acesso ao trabalho de carteira assinada e possibilidades de emprego. Dessa forma, essas ações farão com que diminua a quantidade de pessoas trabalhando informalmente e sujeitando-se a passar por tantas dificuldades oferecidas nessa forma de trabalho.