Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O trabalho informal como alternativa à crise econômica

Redação enviada em 18/03/2018

A fragmentação da classe trabalhadora e o comportamento individualista deixaram parte da sociedade sem expectativas.Devido à ausência de oportunidades e com baixo nível de escolaridade,muitos indivíduos optaram por uma única alternativa:o trabalho informal.Demarcada como semiclandestina,essa execução laboriosa culmina na insegurança e descontinuidade do emprego,tendo como ponto de partida a ínfima proteção jurídico-legal.Nesse sentido,é preciso saber quais as origens das atividades dessa modalidade na tentativa de orientar e agir na raiz do problema. A princípio,é possível perceber que essa circunstância é corroborada por questões tecno-econômicas atreladas à ausência de oportunidades.Isso porque,em razão das mudanças ocorridas no ápice da Revolução Industrial,os indivíduos que perderam espaço na agricultura, decorrente da mecanização agrária,tiveram de flexibilizar seu próprio meio de subsistência,que em muitos lugares,é popularmente conhecido até hoje como “bicos".Tais mudanças configuraram a redução da estabilidade financeira do trabalhador e consequentemente,a diminuição dos postos formais de trabalho e a ampliação do mercado informal.Logo,as oportunidades se tornaram inalcançáveis e os mercados de atividades dessa natureza mais amplos. Outrossim,vale ressaltar que a longa vigência desse segmento social não é circunstancial ou episódica,mas sim,majoritariamente,fruto de um período marcado pela crise financeira,no qual o baixo nível de escolaridade interferiu efetivamente para o aumento de atividades informais.À época da Grande Depressão de 1929,o mercado de trabalho começou a ficar mais exigente e consoante a isso,aquele que porventura não tivesse qualificação profissional seria excluído e já desempregado,o trabalhador estabeleceria polivalência laboral sem remuneração fixa.De flagrante,destacam-se ainda ideologias derivadas de desprezo e darwinismo social relativas a cidadãos com formação mínima e sobreviventes dessas práticas irregulares.Dessa forma,esses fatores abriraram as portas para a desigualdade socioeconômica potencialmente verificada na contemporaneidade. Em suma,depreende-se que as faces controversas dessa modalidade apresentam raízes históricas as quais estão intrinsecamente ligadas à ausência de oportunidades e insuficiente nível escolar.Por esse motivo,torna-se imperativo que o Governo Federal,em consonância com o Ministério do Trabalho,invista políticas públicas na criação de projetos sociais e educacionais,visando a alfabetização desses indivíduos,a fim de que estes não fiquem desamparados e as portas do emprego regular lhes sejam abertas.À título de erradicação do problema,cabe às instituições de ensino,por intermédio da mídia,viabilizar campanhas tangentes à inserção desses cidadãos à categoria econômica formal,pondo em xeque os direitos trabalhistas igualitários,no intuito de enquadrar o maior número possível desses cidadãos no contexto laboral, pois como proferido pelo sociólogo brasileiro Ricardo Antunes:o trabalho continua sendo responsável,tanto pela produção de riquezas,quanto de sentido simbólico.