O trabalho com carteira assinada só passou a existir no Brasil no governo de Getúlio Vargas, em 1932, mas o emprego informal continuou a existir. O problema é que o emprego informal não só tem crescido nas últimas décadas, mas também tem-se apresentado como uma alternativa que, na maioria das vezes, não é eficiente para o cidadão, se comparada com o emprego formal. O brasileiro tem sofrido com altas taxas de desemprego, como afirma o Índice Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que diz que houve um aumento de desemprego de 4% , só em janeiro de 2018, em relação ao último trimestre de 2017. Assim, essa situação tem levado diversas pessoas a optarem pelo trabalho informal, e esse setor tem crescido nos últimos anos, como mostra o senso do IBGE, de 2018, que informou que há cerca de 986 mil novos trabalhadores por conta própria e 581 mil novos empregos sem carteira assinada. Logo, esse problema tem grande impacto na vida dos trabalhadores, por não terem acesso ao vale transporte, vale alimentação e não possuírem férias remuneradas. Além disso, afeta o Estado, que acaba recebendo menos arrecadações para os cofres públicos. Ademais, o trabalho informal está longe de ser tão benéfico quanto um emprego de carteira assinada. Assim sendo, esse fato pode ser constatado em uma entrevista feira por Ana Gabriela Nascimento, uma das criadoras do blog O Trabalho Informal, com o vendedor de abacaxi, capixaba, Israel Dias, que afirma enfrentar sérias dificuldades nesse trabalho, como muitas horas trabalhando, má remuneração e falta de acesso à créditos e financiamentos. Desse modo, esse problema afeta essas pessoas negativamente, já que não há a existência de renda fixa, que é extremamente importante para a garantia de que as dívidas mensais sejam quitadas, há uma remuneração que nem sempre é condizente com o serviço prestado e várias horas de trabalho, chegando a ser prejudicial para o corpo. Fica evidente, portanto, que houve um crescimento do trabalho informal no Brasil, e que ele não está sendo suficiente para atender as necessidades da população brasileira. Sendo assim, é necessário que o Poder Executivo, juntamente com o Ministério do Trabalho, estatizem empresas e optem por terceirizações, em vez de privatizações, pois, essas ações farão com que ocorra o aumento das ofertas de empregos e as oportunidades para as pequenas empresas nacionais, resultando em mais empregos, menos pessoas buscando o trabalho informal e se sujeitando aos diversos impasses que ele oferece ao trabalhador .