Em 1943, ocorreu a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) que garantiu benefícios aos trabalhadores e assegurou-lhes melhor qualidade de vida e trabalho, em contrapartida, trouxe mais responsabilidades e custos aos empregadores. Com a crise econômica nacional de 2015, o setor de empregos que antes funcionava bem foi abalado, as demissões superaram as contratações e a solução encontrada por muitos para driblar o desemprego foi o trabalho informal. Nesse contexto, cerca de um quarto dos trabalhadores brasileiros são autônomos, ou seja, não possuem vínculo empregatício, conforme pesquisa do IBGE. E apesar dessa modalidade de emprego ser defendida por economistas, que veem nos trabalhadores informais de hoje os empresários de amanhã, a prática pode não apresentar vantagens aos trabalhadores, pelo simples fato de não lhes assegurar estabilidade nem benefícios como férias, décimo terceiro salário, licenças, entre outros. Contudo, há quem defenda o trabalho informal devido a flexibilidade de horários, rendimentos e por não exigir qualificações específicas. Em acréscimo às desvantagens quanto aos direitos dos trabalhadores, o emprego informal também traz desvantagens econômicas ao País, uma vez que o governo não recolhe taxas e impostos provenientes de comércios ilegais, prejudicando a arrecadação. Outra questão crítica é a de que o governo não consegue fiscalizar a procedência e qualidade dos produtos oferecidos pelo mercado informal, fato que prejudica os consumidores. Diante do exposto, a fim de assegurar a geração de empregos formais e diminuir o trabalho informal, faz se necessário que o Governo Federal crie incentivos fiscais para as indústrias e comércios, e para garantir que os trabalhadores se encaixem às vagas oferecidas, deve investir na criação de centros de qualificação. Aos trabalhadores, resta o interesse em aprender novas profissões, buscar capacitação e perceber as vantagens de um emprego formal.