O trabalho informal, seja pela falta de emprego ou não, é a única forma de sustento financeiro de algumas pessoas, apesar de não prover direitos e garantias ao trabalhador e sequer contribuir, através de impostos, com o governo. É necessário investir culturalmente, a fim de promover a capacitação direcionada ao mercado de trabalho. É importante frisar que o trabalho informal está conexo com a capacidade de sobrevivência financeira das pessoas que, primeiramente, optam pelo trabalho formal, mas acabam por ter a sua oportunidade de emprego indeferida, em circunstância da escassez de vagas empregatícias e da obsolescência profissional, pelas empresas. Assim, se dá o surgimento da expressão “bico”, inserida na fase em que o indivíduo adere a forma de obtenção do próprio ordenado, através de um exercício, muitas vezes, não regulado e autorizado por lei. Ainda convém lembrar que, segundo o Ministério do Trabalho, em consequência do decréscimo das oportunidades de emprego registradas nos três anos anteriores à 2018, ocorreu o aumento do empreendedorismo. Como exemplo, os empreendedores estão incluídos na modalidade MEI (Microempreendedor Individual), que possibilita adequação às normas vigentes em relação ao trabalho e também inclui a possibilidade de participação em licitações públicas para o abastecimento de produtos e prestação de serviços. Dessa forma, há controle e arrecadação de impostos, devidamente ligada à atividade profissional, por parte do Estado, motivo para maior movimentação econômica nacional. Os representantes do governo, Ministério do Trabalho, em parceria com o da Educação, devem, portanto, desenvolver campanhas de estruturação e bonificação, por meio de planos – sobretudo na rede de educação – a fim de fornecer informações necessárias acerca de planejamento de carreira e oferecer incentivos financeiros à população, que visem o empreendedorismo formal.