A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), positivada em 1943, foi de suma relevância para o desenvolvimento da estrutura formal de trabalho, em que proporcionou para sociedade grande segurança econômica e social. No entanto, nos últimos anos o Brasil tem enfrentado uma grave crise econômica, na qual milhares de pessoas perderam seus empregos, o que gerou um aumento exponencial na área do trabalho informal. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), cerca de 25 % dos trabalhadores são autônomos, ou seja, estão na informalidade. Atraídos pela falta de opção na formalidade e pela facilidade de dispor do famoso “Bico”, muitos brasileiros se viram obrigados a entrar nesse mercado trabalhista, que a princípio pode parecer benéfico, tendo em vista a autonomia de ganho econômico, no entanto, a longo prazo pode trazer muitos males. De forma diametralmente oposta aos trabalhadores regidos pela CLT, os trabalhadores informais não dispõem de benefícios como Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), salário fixo, Auxilio Doença, décimo terceiro salário e muito menos terão proventos de aposentadoria, caso não contribuam para a previdência. Nesse sentido, é muito arriscado esse meio de labuta, vez que, embora possa proporcionar ganhos a mais para a renda familiar do autônomo, esse não terá garantias caso fique impossibilitado de trabalhar, gerando assim, problemas sociais incalculáveis. Diante dos fatos, é fundamental que o Governo Federal tome medidas econômicas e fiscais de modo a incentivar empresas a gerarem empregos, de outro lado o Governo do Estado poderá promover cursos de qualificação para o cidadão desempregado e o Ministério Público do Trabalho deve monitorar as situações supramencionadas de modo a garantir dignidade econômica e social para a população.