O conceito de família nas últimas décadas tornou-se um conceito bastante abrangente e está em constante mudança. Essa afirmativa confirmou-se na Constituição de 1988 quando o termo família passou a ser considerado um grupo no qual seus componentes se veem como família. Porém, a resistência da sociedade patriarcal no Brasil, mesmo após essa mudança, limita a pluralidade familiar e a liberdade, elemento essencial para uma democracia. Diante disso, é importante ressaltar a influência da mulher na evolução da temática família. A alteração do comportamento da mulher na sociedade contribui para a mudança de padrões familiares, socialmente considerados normais, uma vez que diversos dados estatísticos do IBGE indicam que as mulheres, nas últimas décadas, optam por não terem filhos ou terem uma quantidade menor de filhos, geralmente um. Além disso, é crescente o número de mães solteiras no país, as quais são responsáveis pela renda familiar e pela educação de seus filhos. De outro modo, é apropriado considerar a união entre casais do mesmo sexo como estrutura familiar alternativa. Em 2013, no Brasil, foi regulamentado o casamento gay, o que possibilitou a união estável entre casais homoafetivos e concedeu-lhes igualdade, se comparado a casais héteros, diante da lei. Contudo, ainda é muito burocrático a adoção de crianças por esses casais, dado que um dos motivos que configura essa burocracia é a imposição social de que casais homossexuais não têm capacidade de educar uma criança. Portanto, é necessário que o Ministério da Educação desenvolva projetos nas escolas com o objetivo de informar e conscientizar crianças e jovens sobre a constante evolução das bases familiares. Ademais, é importante combater a intolerância na sociedade em relação a novos modelos de família, principalmente os casais homossexuais, através de campanhas governamentais transmitidas por meios de comunicações usualmente populares.