Concernindo com os estudos do cientista social Émile Durkheim, as mudanças em uma sociedade bem como as suas instituições, são inerentes a fatos sociais e a família como uma instituição bastante representativa de uma sociedade, encontra-se mais exposta a essas mudanças. O conceito de família ainda agrega-se a ideias tradicionais de cunho biológico e cultural a respeito da reprodução da vida, são ideologias conservadoras provenientes de um contexto mecânico que encobri os tantos avanços da sociedade, onde atualmente cada indivídua já não se baseia em tradições, mas, priorizam as suas vontades. Por conseguinte, baseado em dados do IBGE um estudo concluiu que a família brasileira se multiplicou nos últimos 10 ano com relação ao ano 2000, deixando o modelo convencional como mais um entre tantos outros. Com 60 mil famílias homo afetivas e 400 mil famílias de conviventes sem parentescos nenhum, torna-se clara a necessidade do governo como órgão promotor dos direitos públicos, admitir um conceito mais abrangente. Portanto cabe ao Estatuto da Família que ainda assume uma posição conservadora e normativa quanto ao número de pessoas necessárias para se constituir um âmbito familiar, olhar para a atualidade e definir família com um conceito mais abstrato, porém mais abrangente, a priori, baseado nos pareceres de Durkheim, a sociedade é como um corpo humano e cada parte tem uma relação de interdependência com a outra para o bom funcionamento do todo, ignorar as mudanças em uma sociedade é impedir sua progressão.