Uma mulher e seu cachorro. Duas mulheres recém casadas. Um avô e seu neto. Uma mãe solteira com seus filhos. Dois homens que adotaram um bebê. Todos esses casos, ainda que te cause estranheza, são famílias. No meio de tanta pluralidade, afinal, o que é uma família? Usar o termo família fora do contexto habitual (homem, mulher e filhos) causa ainda mais alarde quando direcionado para casais homossexuais ou pessoas que mesmo solteiras optaram por serem pais e mães. Logo o uso da palavra incomoda mais a dois grupos, os religiosos e os conservadores. A tamanha resistência da sociedade em aceitar, o quão igualmente saudável e natural é um família formada por duas mães ou dois pais, Ou ainda a necessidade da mesma em afirmar que toda família, precisa de um modelo masculino e feminino. Vem sendo derrubada não por argumentos, mas por casos reais, que só vem comprovando que ser diferente é normal e sadio. O Estado precisa perder o medo, tirar essa capa de conservadorismo, se enxergar laico e representar toda a diversidade desse país de tamanho continental. Precisa promover debates e que esses comecem logo nos primeiros anos da escola. As empresas devem incluir outros tipos família em seus anúncios, como fez recentemente, a empresa de aviação Gol. E que fique definido como família, um grupo de pessoas que se amam e se respeitam.