Título da redação:

Cortando o mal pela raíz

Tema de redação: Evolução do conceito de família

Redação enviada em 02/06/2015

Na Constituição Federal de 1967, anterior ao regime democrático, o artigo 167 descrevia que “a família é constituída pelo casamento”. Com a promulgação da Constituição Federal de 1988 o conceito de família foi ampliado e passou a ser entendido como “a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes”. Com isso, percebe-se que a sociedade e também as leis mudam com o passar do tempo. Novas formas de interação entre os indivíduos passaram a constituir diferentes tipos de famílias, entre elas: nuclear tradicional, matrimonial, informal, homoafetiva, adotiva, anaparental, monoparental e eudomonista. Contudo, na atual sociedade brasileira permeia entre os indivíduos uma grande dificuldade de tolerância aos novos tipos de família, pois tudo isso reflete a algozes que as rotulavam, como por exemplo, a homossexualidade, que era tida como crime, na Idade Moderna, por ser contrária à lei natural. O principal desafio é reconhecer a legitimidade desses novos tipos de família e as tolerar, ainda que tolerar não signifique concordar, como já dizia Mahatma Gandhi: “Tolerar não significa aceitar o que se tolera.” Quando o Estado e a sociedade não as reconhecem como legítimas devido ao conflito entre os valores antigos e o estabelecimento de novas regras, acabam estimulando alguns modos de vida e desestimulando outros. Portanto, isso acaba oferecendo proteção e vantagens para uns, em detrimento de outros. Assim sendo, torna-se necessário ao Estado e à sociedade reconhecer como família esses novos tipos de união, uma vez que o modo de vida da população e até mesmo as leis derivam com o passar dos anos. Para que haja reconhecimento e tolerância do ponto de vista perceptivo da sociedade – mesmo que em um longo prazo de tempo –para com todos os diferentes tipos de família, é necessário que a mídia – grande influenciadora da sociedade – estabeleça medidas de combate ao preconceito através de programas de televisão mostrando a toda população que o diferente não é um mal. Não obstante, o preconceito é um mal. (Pergunta ao corretor: O título ficou clichê a ponto de ficar ridículo? O mal está explicado na conclusão, no caso, o preconceito, já que a referência ao título só aparece na conclusão, tem algum problema ?