É inegável que houve, nos últimos tempos, a expansão da definição de formação familiar, ainda que parte da sociedade tente perpetuar a ideia da existência de uma única estrutura dessa. Isso sugere que o corpo social está incorporando a diversidade em consequência do rompimento, gradativo, das pessoas com os conceitos segregadores. A independencia feminina e a conquista de direitos dos homoafetivos, enfrentando o patriarcalismo, possibilitaram essa expansão. Entender que a relação pai-filho não se vincula ao laço sanguíneo e que família não é exclusivamente formada por um homem, mantenedor, uma mulher, cuidadora, e os filhos também. Cabe ressaltar que a decisão acerca da configuração familiar deve ser, unicamente, daqueles que a formarão. Atualmente, pesquisas como as promovidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou formulários do Programa Bolsa Família contam com variadas formas de preenchimento da composição familiar. Além disso, responsáveis por um renomado dicionário pediram a participação da sociedade para a inclusão de novos significados ao verbete família. Modificações como essas só são possíveis devido às novas exigências da população. Dessa forma, a modificação no conceito de família é irrefutável, tendendo à consolidação. Espera-se que tais mudanças sejam cada vez mais incorporadas e contem com o auxílio de políticas de afirmação.