A definição do conceito historicamente formado da família tradicional vem passando por modificações ao longo dos anos. A imagem que se tinha e que muitas vezes ainda persiste nas pessoas mais conservadoras era de um casal heterossexual com filhos, hoje ela tem variações em sua composição familiar, com casais homossexuais, mães e pais solteiros, avós e tios cuidando de netos e sobrinhos, entre outros. Porém, a modificação na constituição de uma família, trouxe-lhes o preconceito e o sofrimento em seres aceitas como famílias na sociedade de hoje, pensamento ainda em ação nos mais conservadores. Consequentemente, o projeto de Lei número 6583/2013 define família como: “o núcleo social formado pela união entre um homem e uma mulher, por meio do casamento ou união estável”, sendo assim, exclui toda e qualquer outra família, por apresentarem pessoas diferentes ou iguais em sua formação familiar. Além disso, essa concepção de família tradicional é arcaica e ainda é sustentada pelos preconceituosos e conservadores, os quais não aceitam as mudanças ocorridas ao longo do tempo. Além disso, para o Papa “a família é um ‘centro de amor’ onde reina a lei do respeito e da comunhão”, ou seja, independente se ela foi formada por laços sanguíneos, por escolha de gênero, cor ou orientação sexual todos precisam de uma família para se apoiar e compartilhar tristezas e alegrias, derrotas e vitórias. Por conseguinte, é no ambiente familiar que se deve começar a dissipar o estereótipo formado há séculos atrás sobre o que realmente é uma família. Portanto, família não importa se é formada por quantos ou quem, pequena ou grande, pessoas diferentes ou iguais, o que realmente interessa são os valores que representa para cada um. Desse modo, modificar e reescrever incluído os excluídos - citados já - no conceito de família que a lei estabelece, divulgação de campanhas - contra o estereótipo formado sobre a família tradicional - nas mídias com as novas formações familiares que sofrem preconceito, palestras nas escolas e na sociedade sobre conceitos familiares e a inclusão delas através de projetos sociais para os casais homo afetivos que querem formar família são formas de minimizar cada vez mais a definição clássica de família, assim, evidenciando o verdadeiro significado da família ‘um centro de amor’.