Nucleares, de origem, monoparentais, homoafetivas, mosaico, etc, estes são os vários nomes e tipos de organização de pessoas, que constituem uma família hoje. Na Idade Média, o patriarcado com suas regras rígidas e adultocêntricas delineavam as relações entre os membros da família e determinavam o lugar diminuto das crianças e alienante dos adolescentes. Vale ressaltar, que esses dois personagens só vieram receber um lugar específico ha pouco tempo, tanto na familia como na sociedade, ao serem vistos como "pessoa em condição de desenvolvimento" e não mais como "adultos em miniatura" com eram tratados, e, portanto, sujeitos a toda sorte de abandono, violência e mesmo mortes. As mudanças sociais causaram tambem transformações nas relações familiares e, essa, a família, tambem, interferiu nas produções sociais do direito, da religião, da educação e demais setores da sociedade. Quando pessoas do mesmo sexo, decidem se unirem afetivamente e conviverem socialmente como família, criarem seus filhos, produzirem financeiramente juntos e são acolhidos juridicamente para tanto, demonstra tal interferencia. No Brasil, do mesmo modo, e de uma maneira intrigante, se percebe essa mesma sociedade que se levanta para explicar e regularizar as novas formas de convivencia familiar, mas que se apresenta tão negligente e cada vez mais violenta e abusiva com suas crianças e adolescentes. Num país onde é necessário criar leis de proteção às crianças para não vê-las mortas pelos proprios pais e mães, e onde os adolescentes são vistos como criminosos sem recuperação, chegar a um conceito moderno de familia, será insignificante, se ela não cumprir sua função de integrar seus membros ao mundo e prepará-los para viver nele.