Desde os tempos antigos há uma intensa discussão sobre o conceito de família. De uma forma geral e errônea vem sendo definida pela ordem natural da reprodução humana, que dita sua criação a partir de um homem e uma mulher e aos que vivem outras formas, são nomalmente repreendidos. Esta é apenas uma das diversas formas de família que variam a partir da cultura, crença e laços de afeto. Há culturas no oriente médio que admitem famílias formadas por um homem e várias mulheres, ou ainda, uma mulher e vários homens. Este é um dos exemplos que não existe unidade neste conceito, e a cultura de um povo acaba definindo tal estrutura. Assim, é um equívoco analisar estas diferenças a partir da ótica de suas próprias crenças, interferindo no direito alheio do lívre arbítrio. O homosexualismo e a adoção são exemplos de que a família pode ser formada apenas por laços de afeto. O olhar crítico e punitivo diante das culturas e crenças diferentes vem a séculos gerando casos de intolerância e violência contra novas formas de família. Estes casos são normamente relacionados a religiões e grupos extremistas em todo o mundo. De todos os fatores que unem duas ou mais pessoas, o mais importante e extremamente negligenciado por tais grupos é o amor ao próximo. A partir desse sentimento e contra tais ideologias surgem grupos de resistência e de defesa da liberdade de expressão, manifestando-se pelas ruas e redes sociais ao redor do globo. A partir disso, pode-se concluir que o crescimento das novas formas de família são inevitáveis e graduais, haja vista o aumento da liberdade de expressão e dos grupos de defesa. A intolerãncia deve ser combatida e o respeito às escolhas alheias bem praticado. Para isso, a influência do estado na inclusão de tais assuntos em programas de TV, novelas, rádio, debates escolares e aplicação da lei contra casos de violência trará a sensibilização e o conhecimento necessário para que tais ideais de respeito sejam passados para as próximas gerações.