Transmissões de valores. Orientação. Proteção. Essas são ações básicas a ser compartilhadas entre os membros de uma família. A família, porém, vem se configurando de formas diferentes, onde essas ações passam ter a sua validade questionada pela sociedade.Os novos retratos de família são frutos de uma configuração do mundo atual, no qual é marcada pela multipolaridade ideológica. Portanto, o grande desafio da sociedade tradicional no século XXI é conviver e aceitar os conceitos de família contemporânea. Em primeira análise, deve-se compreender porque durante tantos séculos a família se manteve aos moldes ortodoxos. Com base no conceito de coerção social, que é empregado e explicado pelo sociólogo Emile Durkheim, tem-se a noção de como a sociedade tem o poder de forçar e destinar condutas convencionais. Tem-se a exemplo, como a mulher durante muitas décadas foi predestinada desde seu nascimento a se casar e seguir os desejos do marido, ou seja, o patriarcalismo era considerado como a única forma de manter a ordem e os valores morais na sociedade. Contudo, nas últimas décadas o mundo passou a clamar pelo direito e o reconhecimento de novos comportamentos .Assim, a família sofreu uma transformação muito relevantes nos períodos da década de 60 a 80 que ainda está em consolidação nos dias de hoje. Isso só foi possível com os movimentos de contracultura - como o movimento hippie ,o tropicalismo e o feminismo-, que objetivavam o rompimento de padrões.Portanto, esses acontecimentos impulsionaram o desejo de muitas mulheres em constituir uma família sem presença do pai ou a união estável de pessoas de mesmo sexo. Ademais, os fatores econômicos também são contribuintes para uma nova retratação familiar. No momento presente, a uma intensa queda na intenção de constituir uma família. Observa-se que os estudos e a profissão são prioridades na vida de um indivíduo, onde a família passa a ser um plano inexistente ou adiado. Diante da questão supracitada, pode-se inferir que o conceito de família vem se transformando e sofrendo uma disparidade com o passado. Portanto, é necessária a conscientização da sociedade que persiste com pré julgamento, afim de inferiorizar a capacidade de exemplos positivos da família contemporânea. Tal reeducação deve ser estimulada por campanhas do governo que se utilize da mídia e das escolas com a finalidade de retratar e debater que as formas diferenciadas de família deve ser respeitadas e suas escolhas são permitidas pela Constituição Federal. Assim, passamos à acreditar em um corpo social que se trate com equidades em suas relações.