Uma das instituições naturais que é de suma importância para o individuo, é a família, pois esta representa a base das interações sociais e emocionais futuras. Entretanto, com a evolução da sociedade, a ideia formada de família, foi sendo questionada, devido ao fato dos agrupamentos familiares não se limitarem mais, apenas, ao aspecto da procriação e preservação da espécie, mas ao sentimento envolvido pelos seus constituintes. Os alicerces de uma família não são, necessariamente, os seus componentes, a consanguinidade envolvida ou o objetivo da garantia da espécie, mas as relações estabelecidas, através da afetividade, entre os seus membros, fato que justifica, muitas vezes, o amor existente entre pais e filhos adotivos ou casais homossexuais. Sendo assim, na estruturação da família não há uma lógica envolvida ou elementos pré-definidos pela sociedade, apenas os laços afetivos e emocionais. Há, portanto, entidades familiares plurais, algumas não decorrentes da união de um homem com uma mulher, as quais, muitas vezes, são vítimas de preconceito. Sendo assim, a definição de entidade familiar estabelecida no Estatuto da Família, que a coloca como um núcleo social formado a partir da união entre estes, através de casamento ou união estável, ou ainda como comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes. Tende a não abrangência de todos os grupos, uma vez que, acaba por limitar os elementos de sua constituição. Logo, havendo pluralidade de entidades familiares, faz-se necessário o respeito a essas. Diante disso, cabe ao governo e a mídia, como grande formadora de opinião, campanhas e programas sobre os diferentes grupos familiares, demonstrando através de entrevistas, o respeito que cada uma necessita e o direito do ser de possuir sua família, com indivíduos, independentes de sexo, raça e cor; e cabe ao indivíduo, não, necessariamente, a aceitação, mas o respeito e a não disseminação de idéias preconceituosas.