Transformações históricas como a figura da mulher no mercado de trabalho e o capitalismo são exemplos que modificaram a estrutura de uma família. Hoje, podemos definir família como a união de pessoas que convivem juntas em busca de um objetivo comum. Mães solteiras, casais homo afetivos, filhos biológicos e adotivos são algumas peças no retrato de família do Brasil. As novas gerações surgem com seus pensamentos mais críticos, porém o conservadorismo ainda está cristalizado em nossa sociedade. Crianças pertencentes às famílias “não convencionais” naturalizam o preconceito que sofrem. A violência verbal e física contra elas apresenta um dos casos mais decorrentes. A hostilidade também é comum quando se trata de mães solteiras, que, além de terem que dar conta da criação dos filhos, enfrenta a discriminação por trás de duros olhares que a sociedade impõe. Mulher essa, que depois da inserção no mercado de trabalho se viu em plenas condições de autonomia e criação, sozinha ou não, de um filho. Não podemos deixar de citar as responsabilidades civis que são impostas ao cidadão quando esse decide ter filho. Não importa se a família é de homo afetivos, uma família tradicional ou uma família parental, o importante – e que devemos ficar atentos- é a responsabilidade com a criança. Garantir uma boa educação, saúde de qualidade, lazer e boa saúde mental são de extrema importância na criação e crescimento da criança. Nesse sentido, é necessário o planejamento familiar antes de ter/ adotar um filho, visto que esse gera, além de muitas coisas, o gasto no nosso mundo capitalista. Diante da situação exposta, uma das medidas mais importantes para mudar os preconceitos em relação à família no nosso dia a dia é a educação. O Estado precisa rever o conteúdo programático das escolas e inserir matérias que debatam e ensinem as mudanças no convívio social, para que junto com professores e psicólogos formem desde cedo um cidadão que saiba respeitar as diferenças. Além do mais, a mídia pode tornar esse debate mais decorrente nas suas novelas e programas infantis, visto que ela é uma das maiores fontes de informação nos dias atuais. E por fim a família, que busca um objetivo comum, buscar bons valores para seus filhos, ensinando sempre que acima de qualquer diferença, seja ela familiar, racial, ou religiosa, o que deve prevalecer é o respeito, afinal, já dizia Nelson Mandela “a educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo.”