Título da redação:

A Legitimidade da Família Contemporânea

Tema de redação: Evolução do conceito de família

Redação enviada em 27/07/2016

“Que nada nos defina, que nada nos sujeite, que a liberdade seja a nossa própria substância”. A frase da filósofa francesa Simone de Beauvoir(séc. XX) caracteriza a necessidade de liberdade e reconhecimento não só das minorias, mas dos novos rearranjos familiares na sociedade contemporânea brasileira. Nessa conjuntura, surgem movimentos conservadores que promovem discursos de não aceitação e tentativa de desconhecer as “novas famílias” pelas instituições governamentais. Por meio de movimentos contra a divulgação da diversidade ou discursos reacionários, é indubitável a propagação de preconceitos contra as famílias contemporâneas. Esse fato fica evidente quando, em 2015, foi recusado o projeto que contemplava a diversidade de núcleos familiares para currículos escolares dos municípios. Essa situação revela que muitos adultos já foram educados com ideologias sexistas e conservadoras, fazendo com que os mesmos perpetuem o preconceito para as próximas gerações. A tentativa de retirar a legitimidade dos novos rearranjos familiares para instituições e governamentais evidenciam um possível início de retrocessos. Essa situação fica clara quando comparada a Lei Maria da Penha, que contempla casais homoafetivos no artigo quinto, ao recente Estatuto da Família(2013), que excluí casamentos homossexuais e, consequentemente, dificulta os mesmos em diversas situações, como, por exemplo, o acompanhamento do cônjuge em uma cirurgia. Mediante os fatos fica evidente a necessidade da atuação das mídias e das Ongs. A priori, é fundamental que tanto os meios de comunicação e as organizações não governamentais promovam campanhas com a visibilidade da diversidade familiar, uma vez que projetos no âmbito escolar com essa temática são inviáveis devido à expressiva população conservadora, mas esta pode ser educada através de propagandas, novelas e debates. Além disso, é necessário que as próprias minorias se comuniquem e se unam, por meio de redes sociais, para elegerem candidatos que os representem e evitem ações reacionárias, como a do Estatuto da Família.