É bastante perceptível em nosso cotidiano a diversidade de modelos de família. O conceito dessa instituição vem mudando há séculos, durante os quais são tidos como principais o da família pré-moderna, da moderna e da contemporânea (atual).Cada um se baseia na ideologia predominante na época, com seus personagens desempenhando os papéis requeridos pela sociedade em cada momento. Entretanto, família contemporânea se particulariza pelo seu aspecto divergente em relação às anteriores. As relações homo afetivas, as identidades de gênero, a ascensão da mulher na sociedade trazendo sua independência são fatores que, em parte, explicam a variedade da família contemporânea e sua divergência em contraste com as antigas. Isso tem trazido bastante conflito ideológico entre as novas gerações e as tradicionais, as quais colocam em questão a legitimidade da instituição. Por um lado, o machismo, a intolerância às diferenças, e, por outro, o desejo de respeito igualitário entre os gêneros e a defesa do sentimento como prioridade. É importante salientar também sobre a diferença na constituição da família, em que é comum os filhos conviverem com outras autoridades como madrastas, padrastos, ou mesmo com um dos progenitores, ou seja, mais uma ruptura relacionada aos membros compositores da instituição. Com isso, várias doenças psíquicas têm ficado em evidência principalmente em crianças e adolescentes, como a psicose, o altismo, a ansiedade, desequilibrando a harmonia entre os que compartilham de um mesmo círculo familiar. Diante da instabilidade da instituição familiar contemporânea, é necessário que haja um consenso entre as gerações através da pauta e do bom discernimento, de forma a alimentar o equilíbrio entre estas instituições. O incentivo à disseminação da ideologia em harmonia com os conceitos que legitimam uma família seria bastante adequado e eficaz, proporcionando a estabilidade do conflito vigente através da concessão do respeito ao direito de liberdade e igualdade que tem todo ser humano.