Título da redação:

A família líquida

Tema de redação: Evolução do conceito de família

Redação enviada em 13/10/2015

O modelo convencional da família brasileira, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), adquiriu novas combinações. Hoje, os laços familiares tradicionais estão se liquefazendo, essa mudança de paradigma que o autor Zygmunt Bauman vai definir como: modernidade líquida. Nesse contexto, o conceito do núcleo familiar do homem como provedor, enquanto a mulher cuida da casa e dos filhos já é datado. Em virtude das duas grandes guerras mundiais, muitos homens morreram e as mulheres saíram da cozinha para suprir a falta de mão de obra nas fábricas. Assim, as crianças foram criadas sem uma figura paterna ou materna, entretanto, elas criaram laços familiares com seus avós e até mesmo em orfanatos. Ademais, a independência sexual da mulher obtida com a pílula anticoncepcional, auxiliou no controle de seu corpo, visto que podiam escolher quando engravidar. Em meio a essas mudanças sociais, instituições sólidas, como o casamento, tornaram-se mais líquidas, pois vão se moldando de acordo com as experiências de cada época. Com efeito, o Supremo Tribunal Federal brasileiro, estendeu o direito da união estável para os casais homoafetivos os quais podem adotar uma criança e compor um novo retrato familiar. Todavia, há um projeto na câmara para determinar somente como família, o casamento entre homens e mulheres. Essa ideologia conservadora fere o princípio de igualdade, do artigo quinto da Carta Magna, e, também, o papel do Estado em promover o bem estar de todos sem a discriminação de qualquer natureza. Sendo assim, a ideia de família tornou-se menos sólida, uma vez que aumentou a fluidez das relações pessoais. Primeiramente, é preciso discuti-lo, na escola, onde há alunos que não cresceram em um lar tradicional, abordando as questões de gêneros nas disciplinas de filosofia e sociologia, a fim de evitar a ignorância do preconceito. Ademais, o governo deveria criar um projeto de lei que fosse mais favorável as novas composições familiares, afinal, não é o tipo consanguíneo que fortalece essa união e, sim, os laços afetivos.