Para Aristóteles o homem é um ser social. Assim é necessário compreender que a sociedade começa dentro de casa, através da família. Podemos afirmar que problemas como a violência contra a mulher e a redução da maioridade penal são reflexos de uma organização familiar fragilizada. No que se refere à violência doméstica feminina, após a criação da Lei Maria da Penha, mulheres que tinham sua dignidade infringida dentro de casa passaram a ter conhecimento da importância de denunciar situações familiares que até mesmo colocavam sua vida em risco. Assim, o papel da família de proteger e zelar pelo bem-estar foi fortalecido através desta medida, reduzindo o número de casos de violência doméstica se tratando desse público. Um outro problema que envolve a necessidade da presença da família está relacionado aos crimes cometidos por menores infratores. A ausência de regras e limites impostos pela família à estes indivíduos em consonância com algum outro problema social; levantou a discussão em meio ao clamor da sociedade por justiça, pela redução da maioridade penal de dezoito para dezesseis anos. O governo deve reforçar o investimento, portanto, na proteção dos indivíduos dentro de suas organizações familiares e pontualmente, em ações que tornem as famílias conscientes de sua responsabilidade diante o bem-estar físico e psicossocial de seus integrantes. Pois através da participação ativa das famílias e apoio do Estado, o impacto negativo da violência na sociedade brasileira possivelmente seja reduzido.