Historicamente, desde o domínio da doutrina católica europeia até meados do século XIX houve intensa rigidez no que diz respeito ao conceito de família no Brasil. Atualmente, vê-se a ruptura com a antiga estrutura familiar, fato que representa a garantia do exercício pleno da cidadania. Nessa conjectura, destacam-se conquistas tanto no campo legislativo quanto no meio social como expoentes dessa realidade. Na segunda metade do século XIX, no Brasil, foi aprovada a lei do divórcio e do reconhecimento da união estável. Isso porque, após o rompimento do estado com a igreja (seguridade de um país laico) no período republicado, houve também a quebra de dogmas como o do matrimônio eterno. Por conseguinte, há a inversão de prioridades, em que os direitos civis passam a ser foco do campo legal. Logo, a doutrina religiosa passa a perder espaço para a imparcialidade da justiça. Ademais, já no século XXI, há a garantia dos direitos de casais homossexuais. Uma vez que, de acordo com o princípio da igualdade, todo cidadão deve ser tratado de forma igualitária perante a lei. Em razão disso, ocorre o asseguramento da possibilidade de formação de família por pessoas do mesmo sexo. Mostrando, então, que o direito de igualdade aos cidadãos consolida-se a cada dia. Fica claro, portanto, que já existem mudanças na estrutura familiar, mas que precisam de melhorias para salvaguardar o exercício da cidadania. Para tanto, é necessário que acima de leis que garantam a igualdade entre os diversos tipos de família, as escolas brasileiras de ensino médio, por meio da sociologia, instruam seus alunos a estudarem as famílias no meio social. Além disso, a mídia, através de seu poder de persuasão, deve expor à população que a família na contemporaneidade não é uma questão de ideais, e sim de cidadania. Só então, haverá a concreta seguridade dos direitos das famílias.