O conceito definido acerca do que é família modificou-se ao longo do tempo. Por isso, na sociedade atual, não há um consenso estabelecido sobre o significado do termo. Apesar de que na realidade existam vários tipos de âmbitos familiares, ainda há uma grande parcela da população brasileira que idealiza um padrão tradicional de família e marginaliza aqueles que não o seguem. Decerto, deve-se analisar o que pode ser considerado, de fato, uma família. Pode essa ser considerada a relação consanguínea entre indivíduos ou simplesmente laços afetivos. Contudo, por um contexto histórico, a família se baseou por muito tempo em um conceito tradicional que envolve o pai, a mãe e os filhos. Porém, os papeis sociais foram modificados e negar essa realidade é ferir os direitos daqueles que não seguem o padrão, além de desrespeitar a diversidade. Ademais, a realidade familiar é diferente do modelo idealizado. O sociólogo Zygmunt Bauman explica que, uma das suas principais características da sociedade pós-moderna são as mudanças das relações sociais. Em analogia a isso, assim como ainda existem famílias nos padrões idealizados, também existem modelos que as figuras do pai e da mãe foram substituídas por uma avó, um casal homossexual ou até mesmo por um pai solteiro. Por isso, deve-se entender a realidade e tolerar toda a pluralidade familiar no país. Em síntese, o debate sobre esse tema envolve a aceitação de novos conceitos de família por toda a sociedade. Para isso ser alcançado, necessita-se de uma educação voltada ao respeito à diversidade. Portanto, o Ministério da Educação deve criar campanhas educativas, aplicadas nas escolas e universidades, por meio do corpo docente, a fim de garantir a conscientização das novas gerações sobre a realidade da pluralidade familiar no Brasil.