Nos últimos anos, é exponencial o crescimento de discussões acerca de temas familiares, considerados por alguns como polêmicos. Em 2011, a fim de garantir os direitos humanos, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a família homoafetiva e conferiu aos homossexuais os direitos à união estável. Dessa forma, é evidente que os indivíduos com outras opções sexuais ainda enfrentam dificuldades socialmente, além da necessidade de tais problemáticas serem resolvidas pelos órgãos governamentais quanto à igualdade que supostamente deveria existir. A sociedade brasileira, no âmbito geral, é relutante à existência de famílias além da "tradicional", composta por pai, mãe e filhos. Por conseguinte, para tornar a comunidade consciente das diferenças existentes no país, diversas empresas, como o Boticário, promoveram medidas socioeducativas, por meio da disseminação de propagandas na mídia com conteúdo em defesa da relação entre gays, lésbicas, bissexuais ou transsexuais, o chamado grupo LGBT. Sendo assim, aos poucos, as barreiras sociais são quebradas com a inclusão de ideais igualitários entre a população, além de proporcionar visibilidade a essa causa. Ademais, em novembro de 2014, a Câmara dos Deputados propôs uma enquete em seu site, para saber a opinião popular a respeito da definição de família. Com cerca de 53% dos votos, a opção de homem e mulher como núcleo familiar prevaleceu. Dessa maneira, percebe-se que ainda há, por grande parte da população, o preconceito quanto a outras formas de relação social, sendo que os princípios de igualdade e liberdade não são respeitados por todos. Destarte, é persistente a ideia de que não há uma definição exata para o que é família, pois há diversas concepções quanto ao assunto. Outrossim, como proferido por Immanuel Kant, o homem é o que a educação faz dele. A relação de desrespeito existente na sociedade pode ser considerada fruto de doutrinas disseminadas, por exemplo, no ambiente escolar, de forma que, desde pequeno, o indivíduo já não respeita o próximo. Assim, também o meio educacional interfere na construção de preceitos sociais no tangente à formação do cidadão. Portanto, as empresas de alto poder midiático devem relacionar sua marca à inclusão, a fim de tornar a sociedade ciente das diferenças sociais, por meio de propagandas e anúncios publicitários que remetam às camadas que sofrem diariamente. Além disso, o governo brasileiro necessita acrescentar temas familiares na grade escolar, para que os alunos sejam educados corretamente a respeitar as diversas classes existentes, sendo que, dessa maneira, os princípios igualitários prevaleceriam socialmente.