Por muito tempo, o conceito de família tradicional, aquela formada por um homem, uma mulher e seus filhos, foi o único moralmente aceito para determinar o que, de fato, é uma família. Com a expansão da democracia e dos direitos civis, o conceito de família sofreu uma expansão e está cada vez mais abrangente. Podemos compreender a família como sendo um grupo ou sociedade onde o indivíduo se sinta bem e tenha amparo, afeto, conforto e segurança, e que também possa oferecer estas coisas aos outros integrantes de sua família. Os laços de sangue não são necessariamente importantes. Se entendermos dessa forma, podemos compreender que o conceito de família tradicional nem sempre é o mais adequado, pois há situações em que não é encontrado neste tipo de família aquilo que uma famíia deve realmente oferecer. Por exemplo, uma família em que o pai chega em casa embriagado e agride sua esposa e seus filhos não deixa de ser uma família tradicional, mas também não significa que seja uma família adequada. Diante de tudo isso, o que podemos considerar como sendo uma família? Podemos considerar como família um casal de homossexuais e seus filhos adotivos, um homem solteiro ou mulher solteira que cria seus filhos sozinho, um grupo de amigos que não tenham nenhuma relação de parentesco ou até o próprio indivíduo que considera a si próprio como sua família. Enfim, não importa a constituição da família, o que realmente importa é que a base deste grupo, que consideramos como família, seja o respeito. Deve-se haver um desejo de bem estar comum e amor mútuo entre os integrantes de uma família, e é este sentimento que deve definir o conceito do que é uma família verdadeira.