Um importante debate a ser feito, atualmente, é a relação entre o progresso científico e os limites morais a ele ligados. É nítido o imenso avanço tecnológico vivido nas últimas décadas, fato que se refletiu positivamente na qualidade de vida da população, porém o custo de tal avanço é alto: intensa degradação ambiental. Nesse sentido, é fundamental alcançar o equilíbrio entre o desenvolvimento e as questões éticas, a fim de garantir a sustentabilidade humana no planeta. Deve-se pontuar, de início, que são evidentes os progressos científicos. Por exemplo: o poder de integração das mídias sociais contemporâneas, a facilidade no acesso a informações e conhecimentos por meio dos aparelhos celulares e computadores, a comodidade advinda dos meios de transporte motorizados, aumento da produtividade agrícola com os insumos. Tais fatores culminaram na expressiva melhora de padrão de vida nas últimas décadas, com incremento da expectativa de vida, do nível de educação e das condições de moradia, caracterizando esse fenômeno como positivo. Entretanto, é irresponsável afirmar que houve apenas consequências boas desse progresso. No âmbito ambiental ficam nítidos os malefícios derivados desse, como: degradação de florestas, extinção de diversas espécies animais e vegetais, intensificação do efeito estufa e de processos de desertificação, poluição de ecossistemas devido ao grande volume de lixo produzido etc. Tais fatos, no futuro, podem resultar em graves conjunturas ao ser humano, evidenciando a necessidade de frear esses efeitos. Compreende-se, portanto, que o progresso científico gera/gerou grandes benefícios à humanidade, no entanto acarretou sérios danos ao meio ambiente. Dessa forma, é necessário conciliar esse conflito. Para tanto, é mister que as mídias divulguem campanhas de conscientização quanto ao tema, mostrando o que a população pode fazer nesse aspecto: reciclagem, consumo consciente etc. Além disso, o Poder Público, em parceria com empresas, deve investir em tecnologias menos degradantes ao meio e ao mesmo tempo socialmente justas. Somado a isso, é fundamental que a escola promova discussões acerca do assunto, por meio de palestras e debates que visem à formação de jovens responsáveis e críticos sobre os valores da sustentabilidade.