Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O progresso: entre o científico e o moral

Redação enviada em 15/05/2016

O homem, desde a pré-história, modificou o mundo e os objetos em seu favor. Ao longo dos séculos, criou a agricultura, a roda, a filosofia e as diversas tecnologias que hoje regem a vida mundial. O presente mundo globalizado e permeado pela internet, por computadores, medicamentos e outros artifícios é, contudo, produto de uma concepção hegemônica, a qual supervaloriza a ciência e os avanços tecnológicos em detrimento da natureza e da população mais pobre. As raízes da atual ordem socioeconômica predominante se fortaleceram a partir das Revoluções Industriais, concomitantemente ao desenvolvimento capitalista. A necessidade por constantes avanços nas áreas da medicina e dos setores automobilístico e tecnológico, por exemplo, impulsionou e impulsiona os mercados e o progresso científico. Todo esse processo foi ainda mais difundido com a consolidação multipolar do mundo no século XX e a expansão do capitalismo. Nesse contexto, apesar dos benefícios promovidos pela ciência, a natureza e certos grupos sociais "pagam o preço". A necessidade crescente por recursos naturais determina uma exploração excessiva de reservas e jazidas, o desmatamento de florestas, a poluição atmosféricas e hídrica e a manutenção da condição de vários países de terceiro mundo como meros exportadores de matérias-primas. É perceptível, ainda, o lado segregacionista do progresso científico, tanto no âmbito de nações pobres e ricas quanto nas relações sociais. Para atender à cobiça por lucro dos grandes empresários e capitalistas, é frequente a submissão de levas populacionais a trabalhos degradantes, mal remunerados e até escravos. Aliás, as sociedades atuais parecem marcadas por uma escravidão velada e silenciosa: o poder e o capital na mão de poucos submetem os indivíduos a uma necessidade de adequação ao sistema consumista e cientificista, ficando os mais pobres alheios às vantagens, mas sendo alvos certeiros dos malefícios. Portanto, tendo em vista os enormes benefícios possíveis pelo progresso científico e o caráter elitizado deste, mudanças são necessárias. Ógãos supranacionais, como a ONU, devem atuar na proibição mundial do trabalho escravo ou abusivo, além de promover uma maior integração dos países pobres no contexto político internacional. Os governos têm de punir severamente empresas responsáveis por abusos ambientais, além de promover políticas públicas que visem à melhor distribuição de renda. Por fim, as sociedades devem buscar o equilíbrio entre consumo e necessidade.