Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O progresso: entre o científico e o moral

Redação enviada em 14/09/2016

Segundo Maquiavel, os fins justificam os meios. Mas será que essa ideia pode ser aplicada no mundo atual? Será que desmatar florestas inteiras em nome de indústrias é, de fato, a melhor opção? O homem contemporâneo é movido pelo progresso. Seu fascínio pelas novas e ágeis ideias é tão imenso que o torna cego diante de paradoxos retrógrados. De certa forma, é preciso ressaltar as conquistas da nova Era. As tecnologias estão disponíveis para um número cada vez maior de indivíduos. Os smartphones facilitam o acesso à informação em qualquer lugar e à qualquer hora. Novos estudos nas áreas de bioengenharia e nanotecnologia podem ser a chave para a erradicação de doenças que assolam o país a séculos, como a dengue. A globalização possibilitou a vinda de empresas estrangeiras, contribuindo com a geração de emprego e capital. Contudo, os impactos desse "progresso" podem ser devastadores. Em seu livro "A Geração Mais Burra", Mark Bauerlein defende que crianças e adolescentes nascidos na nova era digital são mais distraídos e não possuem conhecimento em áreas realmente importantes para a vida, como política e economia. Além disso, é preciso questionar se a qualidade de informações disponíveis se equipara à qualidade das mesmas. Por exemplo, a maioria dos brasileiros vota de forma inconsciente, sem saber se o candidato é ficha limpa ou se apresenta propostas benéficas aos interesses coletivos da população. E grande parte da sociedade global consome ignorantemente produtos de marcas as quais utilizam mão de obra escrava, mesmo que esse fato já tenha sido divulgado. Conclui-se então que os avanços científicos se opõem à inércia moral. As pessoas lutam sem saber pelo que estão lutando, e consomem sem saber o que estão comprando. Para combater esse problema é necessário que a mídia abra espaço para os problema humanos e divulgue matérias capazes de impulsionar o progresso moral. Além disso, as leis ambientais precisam ser mais rígidas, para impedir que o patrimônio natural brasileiro se esvaia devido a interesses privados. Assim, moral e ciência podem andar lado a lado, contribuindo para uma sociedade melhor e mais justa.