A Revolução Industrial do século XVIII proporcionou uma profunda mudança nos parâmetros sociais, econômicos e políticos das sociedades. A tecnologia vem, desde então, sendo aprimorada para atender as necessidades e anseios dos indivíduos. O contexto no qual este aparente progresso está inserido revela as presentes desigualdades sociais e fundamentalmente a degradação ambiental. O paradoxo do desenvolvimento real e irreal se faz vivo nas nações do século XXI. As melhorias proporcionadas pelos avanços científicos são inegáveis. A expectativa de vida dos seres humanos passou de 30 anos em 1900 para 68 anos em 2011. O aumento da qualidade de vida é consequência da constante evolução da tecnologia em seus mais vastos campos. Embora o progresso seja real, sua existência entra em compasso com a profunda degradação ambiental. O Brasil, por exemplo, resguarda somente 60% de sua área original devido ao desmatamento e à poluição. Estima-se ainda que 25% da espécies terrestres poderão ser extintas até 2050. Os impactos negativos no equilíbrio da biosfera são de fato um legado das ações antrópicas. A pretensiosa “globalização” é a ideologia hegemônica promovida pelo sistema de cunho capitalista o qual rege o mundo. A falsa ideia de democratização dos recursos econômicos e comunicativos é desmascarada quando se percebe que só participam da “aldeia global” aqueles que possuem condições de se manterem nela. A desigualdade sócio-econômica é evidente perante a tanta pobreza ainda existente no mundo. Mesmo com seus concretos progressos na melhoria de vida das pessoas, a tecnologia é tratada como mercadoria e só tem acesso a ela os que possuem as devidas condições para adquiri-la. Visto como produto, o crescimento científico se distancia muitas vezes dos limites e da ética de trabalho. O aumento da longevidade e da acesse de vida das pessoas são consequências do avanço tecnológico. Mesmo com tanto progresso, grande parte da população ainda não tem acesso a ele. A destruição do meio ambiente é também um dos graves fatores oriundos da atividade humana. Visto que a humanidade necessita primordialmente da natureza, se faz necessária a formulação de legislações ambientais efetivas em todos os países, como também o cumprimento mais pontuado dos preceitos e metas estipulados na Agenda 21 da ECO-92. Uma vez que o planeta é um só, a ação conjunta das nações com ajuda financeira àqueles países que não têm acesso às tecnologias pode levar a eles melhorias as quais todos têm direito.